Mundo

Ataque de Israel tem apoio dos habitantes da região

;

postado em 28/12/2008 08:36
;Quantas pessoas ofereceriam o outro lado da face para sempre? Uma hora a pessoa vai reagir;, pondera a contadora Eugenia Schcolnick, 55 anos. Filha de brasileiros, casada com um baiano e moradora de um kibutz a 4km de Sderot, uma das cidades do sul de Israel mais castigadas pelos mísseis do Hamas, ela resume um sentimento comum aos habitantes da região: o ataque do Exército israelense à Faixa de Gaza era inevitável. Até certo ponto, um anseio manifesto. Há oito anos, os israelenses que habitam as cercanias da Faixa de Gaza vivem assombrados pelos foguetes que cruzam o céu lançados por militantes do Hamas. Segundo relatos ouvidos ontem pelo Correio, a destruição de casas e escolas e a perda de vidas se tornaram parte do dia-a-dia das comunidades vizinhas ao território palestino. ;Na quarta-feira, 70 mísseis caíram sobre nós. Um atingiu o jardim de infância. Por sorte, ninguém se feriu;, narra Eugenia. Para os que moram ali, o cessar-fogo pactuado entre Israel e o Hamas jamais saiu do papel. Sobre o movimento extremista palestino, lançam acusações de que seus militantes disparam mísseis indiscriminadamente sobre alvos civis israelenses. E cobram uma medida enérgica contra os militantes muçulmanos. ;O governo agüentou muito tempo sem fazer nada. Israel agora disse ;basta;! Posso dizer que 95% da população apóia os ataques;, calcula o estudante Eitan Regev, 27 anos, outro morador da região de Sderot. Os israelenses demonstram uma sólida confiança na atuação de seu Exército. Sobre as 200 mortes no lado palestino ; diante de uma israelense ;, acreditam que as baixas se concentraram largamente entre policiais e militares do Hamas e poucas mortes entre civis. Um efeito colateral tolerável. ;Não tenho dúvidas que os ataques são direcionados a alvos do Hamas;, frisa Natan Galkowicz, 57 anos, paulistano de nascença e há 30 anos em Israel. Galkowicz é um dos defensores de que a ação militar deveria ter sido deflagrada mais cedo. ;Há seis meses;, acredita. Em 14 de julho de 2005, ele perdeu a filha Dana, vítima de um morteiro palestino. Hoje, faz viagens constantes aos Estados Unidos pedindo apoio internacional por uma solução política negociada. Mas se vê descrente: ;Não vejo ninguém em nenhum dos lados capaz de evoluir no diálogo;.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação