postado em 29/12/2008 07:55
GAZA - A ofensiva israelense contra o Hamas na Faixa de Gaza provocou 312 mortes e deixou mais de 1.400 feridos desde sábado, segundo um novo balanço anunciado pelo diretor dos serviços de emergência do território palestino, Muauiya Hasanein.
Ao mesmo tempo, em Israel, um foguete palestino disparado a partir de Gaza fez a segunda vítima fatal desde sábado. Muitas vítimas são integrantes do movimento radical islâmico palestino Hamas, mas entre os mortos dos ataques aéreos também estão civis, incluindo várias crianças. De acordo com a ONU, mais de 50 são civis.
A aviação israelense executou dezenas de ataques contra a Faixa de Gaza na madrugada desta segunda-feira, matando pelo menos sete palestinos, sendo seis crianças, segundo fontes médicas.
Um ataque na cidade de Jabaliyah, na zona norte do território palestino, matou quatro meninas, com idades entre um e 12 anos, da mesma família, que morava perto de uma mesquita que foi alvo dos ataques. Outros dois menores faleceram em uma ação em Rafah, sul da Faixa de Gaza. O sétimo morto era um ativista do Hamas.
Pelo menos 51 civis morreram na ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza, que provocou mais de 310 mortes, informou nesta segunda-feira a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA). Mulheres e crianças estão entre os civis mortos, de acordo com Christopher Gunness, porta-voz da UNRWA.
Israel iniciou no sábado uma operação contra o Hamas na Faixa de Gaza, com o objetivo de acabar com os disparos de foguetes contra o sul do país a partir do território palestino, que é controlado pelo grupo radical desde junho de 2007.
No território do Estado hebreu, um israelense morreu e oito ficaram feridos nesta segunda-feira na queda de um foguete palestino em Ashkelon, no sul de Israel, anunciaram fontes médicas.
O prefeito da cidade confirmou a morte e informou que a vítima estava em uma obra no centro de Ashkelon quando explodiu o projétil, lançado a partir da Faixa de Gaza.
Entre os oito feridos, três estão em situação grave. A obra tinha como trabalhadores sobretudo árabes, segundo a imprensa israelense. Este é o segundo morto israelense desde o início, sábado, da ofensiva militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.