postado em 03/01/2009 10:37
JERUSALÉM - A ofensiva militar de Israel contra objetivos do Hamas na Faixa de Gaza entrou neste sábado (03/01) em sua segunda semana, com um saldo de pelo menos 436 palestinos mortos, quase 2.300 feridos e uma crise humanitária que preocupa a comunidade internacional.
Os dados abaixo foram fornecidos por agências da ONU, e ilustram o agravamento da situação na Faixa de Gaza, onde vivem 1,5 milhão de pessoas:
-- Um ataque aéreo israelense acontece a cada 20 minutos, em média. Os bombardeios se intensificam à noite.
-- Os ataques israelenses já destruíram mais de 600 alvos, incluindo estradas, edifícios públicos, delegacias de polícia e parte da infra-estrutura.
-- O sistema de saúde, já debilitado desde o início do bloqueio israelense há 18 meses, entrou em colapso.
-- Cerca de 250 mil pessoas estão sem eletricidade. A única central elétrica da Faixa de Gaza foi fechada no dia 30 de dezembro pela sexta vez desde o início de novembro por falta de combustível.
-- A água corrente é disponibilizada uma vez a cada cinco ou sete dias durante algumas horas.
-- Quarenta milhões de litros de esgoto são lançados no Mar Mediterrâneo diariamente. Em alguns locais, o esgoto se acumula nas ruas depois que o sistema de saneamento foi danificado pelos bombardeios.
-- O gás de cozinha e para calefação já não é encontrado no mercado.
-- Cerca de 80% da população depende inteiramente da ajuda humanitária.
-- Falta farinha, arroz, açúcar, laticínios e latas de conservas.
-- Israel permite diariamente a entrada de 60 caminhões carregados com produtos de primeira necessidade. Este número supera a quantidade permitida antes da ofensiva, mas ainda é inferior aos 475 veículos com ajuda humanitária que chegavam a Gaza antes de junho de 2007, quando o Hamas assumiu o controle do território.
-- Os dutos do terminal de Nahal Oz pelos quais chegava todo o combustível importado estão fechados desde sábado passado.
-- As escolas permanecem fechadas, mas muitas são utilizadas como abrigo por palestinos que fugiram de suas casas.
-- Os bancos estão fechados devido à falta de liquidez.