postado em 07/01/2009 17:28
O número de palestinos mortos na guerra de Israel com o Hamas na Faixa de Gaza desde 27 de dezembro chegou a 702, informaram nesta quarta-feira (07/01) os serviços médicos.Cerca de um terço das vítimas fatais são crianças e adolescentes menores de 16 anos, segundo Muawiya Hassanein, chefe dos serviços de emergência de Gaza.
A pausa cotidiana de três horas nos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza foi considerada uma "medida irrisória" pela organização Médicos sem Fronteiras (MSF), que reclou das dificuldades para dar assistência aos civis feridos nesta quarta-feira (07/01).
"A comunidade internacional não pode se satisfazer com tréguas parciais, amplamente insuficientes para dar uma assistência vital à população", escreveu a MSF, em um comunicado.
Essas tréguas são "uma medida irrisória, frente à violência extrema que atinge os civis indiscriminadamente", acrescentou a ONG.
O chefe de missão da MSF, Franck Joncret, denunciou um "rolo compressor" que "semeia o terror em uma população urbana presa em uma emboscada e que não ousa mais sair de casa, até para obter cuidados (médicos)".
Em Gaza, a MSF dispõe de três expatriados e quase 70 palestinos, "que tentam, desde o início da ofensiva, aliviar as estruturas hospitalares palestinas".
Hoje, cerca de 20 membros da MSF oferecem atendimento médico em domicílio a quase 40 pessoas, por dia.
"A insegurança é tal que nossas possibilidades de nos deslocarmos e oferecer ajuda são extremamente limitadas", acrescentou Jessica Pourraz, responsável pelas atividades da organização em Gaza.
Segundo a ONG, "os serviços de urgência dos hospitais continuam sobrecarregados" e "nos dez primeiros dias, o hospital de referência de Al-Chifa fez mais de 300 intervenções cirúrgicas".
Até agora, a maioria dos casos de emergência foi de feridos em estado grave e com politraumatismo, principalmente no tórax, no abdômen, ou no rosto, segundo a MSF.
Paz
Israel espera que suas conversações com o Egito sobre a guerra na Faixa de Gaza "criem as condições" que "permitam pôr fim" à operação militar, afirmou nesta quarta-feira o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, em um comunicado.