A Cruz Vermelha da Costa Rica confirmou nesta sexta-feira a cifra de quatro mortos no terremoto de 6,2 graus na escala Richter que sacudiu o país na véspera.
O número pode aumentar, no entanto, porque dezenas de pessoas continuam desaparecidas na zona do epicentro, segundo a Comissão Nacional de Emergências. Há 400 turistas estrangeiros isolados num hotel perto do Poás.
A ministra dos Transportes, Karla González, disse que o governo está alugando a maior parte dos helicópteros privados do país (que não tem Exército ou Força Aérea) para chegar às localidades isoladas, mas o clima na região não está colaborando.
O tremor atingiu a zona central da Costa Rica, incluindo a capital, San José, às 13h21 local (17h21 Brasília) de quinta-feira, segundo o Observatório de Sismologia nacional.
O terremoto danificou prédios e provocou cortes no fornecimento de eletricidade em San José, onde vivem cerca de 2,5 milhões de habitantes.
O epicentro foi localizado 4 km a leste do vulcão Poás (situado a 35 km a nordeste de San José), a 6 km de profundidade.
A polícia e os meios de comunicação receberam diversos pedidos de socorro de pessoas retidas em estradas por brechas no asfalto ou deslizamentos de terra.
A CNE decretou o alerta vermelho na grande área metropolitana que envolve as províncias de San José, Cartago, Alajuela e Heredia, "onde ocorreram danos importantes na infra-estrutura, estradas, casas e há até pessoas presas em escombros".
As autoridades advertiram para o risco de desmoronamentos sobre as estradas das regiões montanhosas, enquanto tremores de menor intensidade seguem abalando o país.
O Aeroporto Internacional Juan Santamaría chegou a suspender temporariamente seus voos, informou o porta-voz do terminal.