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Amorim se reúne com chanceler de Israel para promover trégua em Gaza

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postado em 11/01/2009 17:07
O chanceler brasileiro, Celso Amorin, estava reunido neste domingo com a ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, para defender um cessar-fogo na Faixa de Gaza, comprovou a AFP em Jerusalém. Amorim não fez qualquer declaração ao chegar à chancelaria israelense, procedente da Síria, onde foi recebido hoje pelo presidente sírio, Bachar Al Assad, e pelo chanceler Walid Muallem, na primeira etapa de seu giro pelo Oriente Médio. Ao término de seu encontro com Al Assad, o chanceler brasileiro defendeu o "diálogo" e disse que o "primeiro passo que deve ser dado é restaurar a paz" na Faixa de Gaza. Amorim lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a realização de uma conferência internacional para encontrar uma solução para o conflito. "Acreditamos na necessidade de realizá-la", disse. Ao lado de seu colega sírio, Amorim afirmou que Damasco "é um importante interlocutor para a paz na região e deve desempenhar um papel construtivo". A Síria, que não mantém relações diplomáticas com Israel, suspendeu suas conversas indiretas com o Estado hebreu, através da Turquia, em protesto contra a ofensiva israelense em Gaza para desarticular o movimento radical palestino Hamas. "As situações mais desesperadoras podem ser tratadas de forma positiva quando há vontade política", acrescentou o chanceler, lembrando que o Brasil tem cerca de 10 milhões de habitantes de origem árabe e uma importante e ativa comunidade judaica. "Esta coexistência é parte de nossa realidade", declarou. Na segunda-feira, Amorim viajará a Ramallah, na Cijordânia, para encontrar o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, o primeiro-ministro, Salam Fayyad, e o titular das Relações Exteriores, Riad Malki. O chanceler brasileiro viajará na terça-feira a Amã, onde se reunirá com o rei Abdallah II da Jordânia e seu colega Salá Bashir. A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, deflagrada em 27 de dezembro, já matou quase 900 palestinos, incluindo centenas de mulheres e crianças.

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