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Ex-detentos de Guantánamo voltam às armas, segundo o Pentágono

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postado em 13/01/2009 19:13
Sessenta e um ex-prisioneiros de Guantánamo enviados para seus países de origem retomaram as armas após sua libertação, contra 37 ex-detentos, contabilizados em março de 2008, revelou nesta terça-feira Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono. "Está claro que ainda há em Guantánamo pessoas que querem atacar a América e nossos aliados. Logo, teremos de encontrar soluções para estas pessoas", declarou Morrell para a imprensa. O presidente eleito Barack Obama, que deve tomar posse na próxima semana, anunciou que fechará a prisão de Guantánamo, que ainda conta com cerca de 250 detentos. De acordo com a imprensa americana, que citou conselheiros de Obama, a primeira decisão do futuro presidente dos Estados Unidos será ordenar o fechamento da prisão e a suspensão dos processos. Morrell especificou que dos 520 detentos liberados, 61 retomaram as armas e 18 se dedicaram a "atividades terroristas" comprovadas por "impressões digitais, correspondências fotográficas, e relatórios de inteligência confiáveis e verificados". Para os outros 43, o Pentágono conta com "relatórios de inteligência plausíveis" indicando que mantiveram atividades terroristas, disse Morrell. Somente 20 dos cerca de 800 detentos que passaram por Guantánamo foram formalmente indiciados. Os demais ficaram presos durante anos, às vezes no isolamento, sem serem julgados ou sequer acusados. Muitos denunciaram ter sido vítimas de maus-tratos.

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