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Bolívia e Brasil avançam na integração regional

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postado em 14/01/2009 17:24
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vão inaugurar amanhã, quinta-feira, na fronteira binacional, dois trechos da estrada que unirá os oceanos Atlântico e Pacífico, e discutirão temas como a produção de energia no contexto da integração sul-americana. "Os trechos (na Bolívia) Roboré-El Carmen e El Carmen-Arroyo Concepción, que fazem parte do Corredor Viário Bioceânico Santa Cruz-Puerto Suárez, serão entregues pela Administradora Boliviana de Estradas (ABC, estatal)", afirmou o ministério boliviano de Obras Públicas em um comunicado. Os governantes se reunirão primeiro na cidade brasileira de Ladário, no Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia, onde assinarão acordos para construir uma estrada boliviana. Depois, seguem para o povoado boliviano de Roboré, para a inauguração das duas vias. O vice-presidente boliviano, Alvaro García, declarou nesta quarta-feira que "temos com o Brasil uma agenda muito ampla, na qual os temas energético e comercial são importantes. As reuniões e os diálogos entre os dois presidentes giram em torno dessa agenda". As duas estradas já concluídas foram 100% financiadas pela Corporação Andina de Fomento (CAF), por 169,9 milhões de dólares, como parte do projeto boliviano dos "corredores de exportação", que tem como objetivo unir os portos do Brasil aos do Chile e do Peru. Os trechos Roboré-El Carmen (94,9 milhões de dólares) e El Carmen-Arroyo (75 milhões de dólares) foram construídos pelas empreiteiras brasileiras ARG Camargo-Correa e Odebrecht, respectivamente. A primeira estrada, com 139 km, e a segunda, com 102 km, conectam o coração da região das planícies de Santa Cruz à fronteira Bolívia-Brasil. A execução das obras foi garantida por La Paz, em uma reunião, em dezembro de 2007, entre Morales, Lula e a presidente do Chile, Michelle Bachelet, que discutiram o assunto na capital boliviana e asseguraram a conexão entre os portos chilenos de Arica e Iquique ao porto brasileiro de Santos. Uma vez concluída, a estrada terá 4.700 km, com o trecho central cruzando de leste a oeste o território boliviano.

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