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Siga a progressão dos acontecimentos desde o início da ofensiva de Israel a Gaza

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postado em 17/01/2009 19:34

Confira os acontecimentos desde o início da ofensiva lançada por Israel na Faixa de Gaza:

27 dezembro

- Israel lança ofensiva aérea contra o Hamas na Faixa de Gaza para pôr fim aos tiros de foguetes do Hamas (operação "chumbo grosso", de amplitude sem precedente nos Territórios palestinos desde 1967).

- O Egito abre o terminal de Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza, para acolher os palestinos feridos.

- O chefe do Hamas no exílio, Khaled Mechaal, apela a uma terceira intifada, a revolta.

- Pelo menos 230 palestinos são mortos, em maioria policiais do Hamas (fontes hospitalares palestinas).

- Apelos internacionais ao fim dos bombardeios e aos lançamentos de foguetes.

28 de dezembro

- Sinal verde de Israel para a mobilização de 6.500 reservistas. O exército posiciona blindados na fronteira com Gaza.

- Israel bombardeia 40 túneis usados para o contrabando de armas na fronteira entre Egito e Gaza.

- O Egito volta a fechar Rafah depois que palestinos tentaram forçar a passagem. Um guarda de fronteira egípcio foi morto por tiros provenientes de Gaza. O terminal seguirá aberto ou a fechado, alternativamente.

- Manifestações na Europa, nos países árabes e na Cisjordânia, contra os bombardeios.

- "A agressão israelense" não permite o prosseguimento das negociações com Israel (Síria).

29 de dezembro

- Israel, comprometido numa "guerra sem cartel" contra o Hamas, decreta o setor de fronteira do território palestino "zona militar fechada".

- Um quarto israelense é morto por tiros de foguete disparados por palestinos.

30 de dezembro

- As forças terrestres israelenses se dispõem a agir em Gaza (exército).

- As operações em curso representam "a primeira fase entre várias outras já aprovadas pelo gabinete de segurança" (Israel). Sinal verde para a mobilização de um novo contingente de 2.500 reservistas.

31 de dezembro


- Prosseguimento dos bombardeios israelenses. Alguns tiros de foguetes palestinos atingem até 40 km.

- 106 caminhões de ajuda humanitária internacional transitam de Israel em diração a Gaza (fonte:Israel).

- Israel rejeita as propostas de trégua da UE e do Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, UE, Rússia, ONU) e afirma que vai prosseguir as operações.

- A Liga árabe faz um apelo à reconciliação dos palestinos.

1; de janeiro de 2009


- O exército israelense anuncia ter enquadrado 30 alvos do Hamas, entre eles "ministérios", um prédio do Parlamento, túneis de contrabando e oficinas "de fabricação de foguetes".

- Um dos principais líderes do Hamas, Nizar Rayan, é morto num bombardeio israelense.

- Mais de 40 foguetes são atirados de Gaza contra o sul de Israel atingindo principalmente Ashdod e Beersheva.

- O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert afirma não querer uma "guerra longa".

- O Hamas desmente ter aceitado "sob condições" as propostas da UE de trégua.

- A chefe da diplomacia israelense Tzipi Livni vai a Paris para se encontrar com o presidente francês Nicolas Sarkozy que, por sua vez, deve realizar uma turnê pelo Oriente Médio.

2 de janeiro

- "Dia de ira": milhares de palestinos se manifestam na Cisjordânia e em Jerusalém, onde os confrontos opõem manifestantes às forças da ordem israelenses.

3 de janeiro

- Israel lança uma ofensiva terrestre contra o Hamas na Faixa de Gaza para pôr fim aos lançamentos de foguetes. A ofensiva israelense custou, até aqui, a vida de pelo menos 460 palestinos, entre eles 75 crianças e 21 mulheres, e feriu 2.350, segundo fontes médicas palestinas.

- O Hamas ameaça seqüestrar soldados israelenses em caso de ofensiva terrestre de Israel.

- À noite, o exército israelense anuncia que um "número importante de forças" israelenses participam da "segunda fase" da operação, que começou com a entrada de tropas no interior do território palestino. A ofensivaterrestre está prevista para durar "vários dias". O Hamas ameaça transformar o território palestino em "cemitério" para o exército israelense.

4 de janeiro

- Tropas israelenses, apoiadas pela artilharia e bombardeios, avançam em profundidade em vários setores de Gaza. Os tanques tomam controle de vários eixos estratégicos chocando-se com combatentes do Hamas.

- 63 palestinos são mortos, elevando a 512 o número de mortos neste território desde 27 de dezembro.

- Um primeiro balanço oficial israelense anuncia um soldado morto e 30 feridos.

- Manifestações contra a ofensiva israelense e apelos ao cessar-fogo se multiplicam no mundo.

5 de janeiro

- As forças terrestres israelenses prosseguiam seu avanço e bombardeios, apoiadas por lanchas da marinha. Combates na Cidade de Gaza entre soldados israelenses e palestinos. A aviação bombardeia o centro da cidade de Gaza.

6 de janeiro

- Os combates se estendem a zonas urbanas. "O exército (israelense) cortou em duas a Faixa de Gaza e cercou a cidade de Gaza", afirmou o ministro israelense da Defesa. Pelo menos 40 mortos perto de uma escola administrada pela ONU. Dezenas de foguetes atirados sobre o sul de Israel, entre eles um a mais de 45 km.

- O presidente francês Nicolas Sarkozy, que efetua uma turnê pelo Oriente Médio e deve retornar ao Egito, conclamou a Síria à "pressionar" o Hamas para uma volta à paz. A população é vítima de uma crise humanitária "total" (CICV).

7 de janeiro

- Israel decide interromper diariamente entre 11H00 e 14H00 GMT seus bombardeios "por questões humanitárias". Combates no norte, bombardeios no sul. Oito mísseis ou morteiros atirados contra o sul de Israel. O gabinete de segurança israelense aprova uma ampliação da ofensiva.

8 de janeiro

- Bombardeios israelenses a túneis que servem para escoar o contrabando em Rafah. Violentos confrontos entre combatentes palestinos e tropas israelenses no norte de Gaza. Dezesseis foguetes atirados contra o sul de Israel.

- Foguetes lançados do Líbano atingem o norte de Israel. O exército israelense atira morteiros em resposta, em direção ao Líbano.

- Encontros no Cairo entre egípcios e israelenses. O Hamas considera que a iniciativa egípcia "não representa uma base válida" para uma trégua.

- A agência da ONU, Unrwa, suspende todas suas atividades humanitárias na Faixa de Gaza.

- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o ataque contra o comboio de agência humanitária da ONU, que matou pelo menos uma pessoa na Faixa de Gaza nesta quinta-feira, décimo terceiro dia da ofensiva israelense

- O Conselho de Segurança da ONU pede "um cessar-fogo imediato, durável e plenamente respeitado, levando à retirada completa das forças israelenses de Gaza".

9 de janeiro

- Série de ataques noturnos israelenses visando 50 alvos. Incursão de tanques a leste de Khan Yunis (sul). Navios de guerra israelenses bombardearam alvos perto do mar.

- Prosseguem os combates apesar do apelo da ONU a um cessar-fogo.

- O Hamas não se considera envolvido pela resolução da ONU.

- A ONU, citando testemunhas, afirma que o exército israelense matou durante a semana num bombardeio 30 civis entre um grupo de 110 palestinos que havia reunido numa casa, em Gaza. O exército israelense disse ter aberto uma investigação.

- Trinta foguetes atirados contra o sul de Israel, entre eles alguns a até 40 km do território palestino.

- O exército israelense detém cerca de 300 palestinos no norte da Faixa de Gaza (testemunhas).

10 de janeiro

- Israel afirma ter matado centenas de combatentes palestinos durante a ofensiva.

11 de janeiro

- Início da mobilização de novos reservistas por Israel. Incursões nos bairros periféricos da cidade de Gaza.

12 de janeiro


- Combates opõem ativistas palestinos a tanques israelenses avançando em bairros periféricos da cidade de Gaza. Bombardeios israelenses nos setores de Jabaliya e Beit Lahya, norte da Faixa de Gaza, onde acontecem os combates mais violentos, assim como no bairro de Zeitun na Cidade de Gaza (testemunhas).

13 de janeiro

- As forças especiais israelenses avançam em várias centenas de metros no interior de alguns bairros da cidade de Gaza.

- Israel procura "aniquilar" o povo palestino (presidente palestino Mahmud Abbas).

14 de janeiro

- Violentos combates nos bairros periféricos da cidade de Gaza; 14 foguetes atirados no sul de Israel e três, do Líbano, sobre o norte de Israel, que responde.

15 de janeiro

- O exército israelense intensifica os bombardeios, matando um líder importante do Hamas, Sa;d Siam, em Gaza. Os bombardeios atingiram um complexo da ONU (UMRWA), um prédio da imprensa e um hospital, devorado pelas chamas. Israel foi acusado de violar o direito internacional na Assembléia Geral da ONU.

16 de janeiro

- Tanques israelenses se retiram dos bairros de Gaza e se mobilizam na periferia de Gaza.

- O líder em exílio do Hamas, Khaled Mechaal, afirma em Doha a rejeição de seu movimento às condições impostas por Israel por um cessar-fogo.

- Em Doha, Mauritânia e Qatar decidem suspender suas relações com Israel (delegação mauritana).

Segundo a ONU, um milhão de pessoas vivem sem eletricidade, 750.000 estão sem água e os hospitais funcionam com geradores.

17 de janeiro

- O Egito convoca para o domingo, dia 18, uma cúpula internacional para discutir a situação em Gaza

- O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, anuncia um cessar-fogo unilateral, mas avisa que o exército de Israel permanecerá em Gaza e arredores e responderá caso o Hamas volte a atacar.

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