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Obama revoga regulamentação antiaborto

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postado em 23/01/2009 19:54
O presidente americano Barack Obama revogou nesta sexta-feira (23/01) uma disposição proibindo os Estados Unidos de financiarem organizações praticando ou facilitanto o aborto no exterior, anunciou a Casa Branca. O decreto anula uma política que proíbe todas as organizações não-governamentais beneficiárias de financiamento do Estado americano de praticar o aborto ou realizar atividades favoráveis ao aborto no exterior. Esta política é um dos pomos de discórdia no grande debate de sociedade entre membros muito ativos do movimento contra o aborto e seus adversários. Ela foi instituída pelo presidente republicano Ronald Reagan em 1984, denunciada por seu sucessor Bill Clinton, e depois restabelecida em 2001 por George W. Bush. A ideia de Obama de anular esta política imediatamente após sua posse foi um dos temas de discussão no 36º aniversário, quinta-feira, de uma decisão de justiça capital sobre o direito das mulheres ao aborto nos Estados Unidos. Obama teria então escolhido firmar o decreto no dia seguinte a este aniversário. Uma decisão no mesmo dia agitaria ainda mais os ânimos. Mas, numa declaração publicada quinta-feira, ele disse que continua determinado a proteger a liberdade das mulheres de escolher entre ter uma criança ou não. O 36º aniversário da lei lembra aos americanos que "esta decisão não somente protege a saúde das mulheres e a liberdade de reprodução, mas simboliza um princípio mais amplo: que o governo não deve se meter nos assuntos de família mais íntimos", disse, marcando mais uma vez de forma espetacular sua diferença com Bush. Obama falava de uma das decisões mais famosas e mais controversas da Suprema Corte. A lei de 22 de janeiro de 1973 diz que o direito à vida privada, presente em filigrana na Constituição, garante às mulheres a liberdade de abortar. Esta decisão enfrenta desde então ataques constantes dos opositores ao aborto.

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