postado em 02/02/2009 14:59
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira (02/02) ao Congresso que não deixe que pequenas diferenças formais contidas no pacote de estímulo à econômica adiem sua aprovação. O pacote, de US$ 819 bilhões, foi aprovado na semana passada na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) e deve ir a votação nesta semana no Senado.
Obama convocou hoje lideranças democratas no Congresso para debater o pacote. Hoje, o senador republicano e ex-rival de Barack Obama na disputa presidencial dos EUA, John McCain, pediu que o presidente modifique seu plano de estímulo à economia e que "negocie realmente" uma nova versão com os republicanos.
McCain indicou nesta segunda-feira à CNN que não votará no plano na forma como está, mas que trabalharia com seus colegas republicanos em um outro plano mais voltado para cortes de impostos e iniciativas para que os americanos possam manter suas casas. "É hora de se sentar e negociar realmente, o que não fizemos até agora", disse. "Devemos ter como objetivo mais deduções fiscais e menos gastos. Mas nós podemos negociar."
Obama, que havia prometido governar além das diferenças partidárias, pediu aos republicanos que apoiem seu projeto. Após sua adoção na Câmara, ele disse que deseja "melhorar" seu plano. O presidente vem se reunindo com congressistas republicanos desde que assumiu a Presidência dos EUA, em 20 de janeiro, a fim de obter apoio para o pacote.
O presidente pode inclusive tentar conquistar apoio dos republicanos colocando-os em cargos importantes do Executivo. Segundo o jornal americano "The Washington Post", ele pode nomear o senador republicano Judd Gregg para o Departamento do Comércio.
As queixas dos republicanos quanto ao plano da Casa Branca são que ele prevê investimentos em áreas que não devem gerar empregos ou estimular economia. Segundo o "Washington Post", a Casa Branca não viu a rejeição de Obama, no Congresso, com decepção. "Para Obama, o tom de respeito mútuo, ao menos neste momento, poderá ser mais importante para o seu governo do que as votações sem o grande apoio da oposição."
No sábado (31/01), o presidente afirmou em seu programa de rádio que deve lançar um novo plano para estimular a concessão de crédito no país e voltou a pressionar o Senado pela aprovar do pacote. "Os riscos estão em um nível tão alto que nós não podemos nos permitir mais os velhos confrontos e posturas partidárias em Washington. É a hora de ir numa direção diferente", afirmou.