Mundo

Hillary diz que o objetivo dos Estados Unidos é um Estado palestino viável

;

postado em 03/02/2009 16:49
Os Estados Unidos querem ajudar a instaurar um Estado palestino "viável" na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, declarou nesta terça-feira (03/02) a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pedindo ao Hamas que ponha um fim a seus disparos de foguetes contra Israel. Hillary Clinton, que se encontrara pouco antes com o emissário especial para o Oriente Médio George Mitchell, de volta de uma primeira missão de informação na região, anunciou que ele retornará ao Oriente Médio "antes do fim deste mês". "Nosso objetivo é trabalhar com todas as partes para ajudá-las a avançar na direção de um acordo negociado que ponha um fim ao conflito entre Israel e os palestinos, que crie um Estado palestino viável na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e que traga a Israel a segurança que procura", declarou a secretária de Estado americana durante uma entrevista coletiva com Mitchell. "Os Estados Unidos têm um compromisso. Estamos determinados a trabalhar com todos os que mostrarem boa vontade. Vamos trabalhar pelo tempo que for preciso", acrescentou. Questionada sobre a possibilidade de abrir um diálogo com o Hamas, Hillary Clinton se mostrou prudente. "Temos uma política muito clara em relação ao Hamas", destacou. Ela lembrou que o movimento radical palestino, que controla a Faixa de Gaza, tem que reconhecer Israel e respeitar os acordos passados entre o Estado hebreu e os palestinos, como exige o Quarteto para o Oriente Médio, formado pelos Estados Unidos, pela União Europeia, pela ONU e pela Rússia. "O Hamas sabe o que deve fazer. O Hamas sabe que precisa pôr fim aos disparos de foguetes. Nada disso é novo", ressaltou. Hillary Clinton aproveitou a oportunidade para ressaltar que ela é quem foi a responsável pela nomeação de Mitchell como emissário para o Oriente Médio. "Estou feliz que o presidente Barack Obama tenha aceitado nomear Mitchell", afirmou. "A situação é, obviamente, muito complexa e delicada. Não existem soluções fáceis ou sem risco, mas com uma diplomacia paciente, determinada e perseverante, podemos ajudar e fazer a diferença", garantiu Mitchell.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação