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UE desiste de pedir indenização à Ucrânia por crise do gás

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A Presidência tcheca da UE (União Europeia) disse nesta quarta-feira que não exigirá à Ucrânia compensações pelos danos causados pela crise do gás. "As relações são entre partes comerciais privadas. Se estas partes se sentirem lesadas devem exigir indenizações com base nos contratos assinados", declarou hoje Daniel Kostoval, representante do Ministério de Assuntos Exteriores tcheco, à agência de notícias Efe. A distribuidora tcheca RWE Transgas, a ucraniana Naftogaz, que assegura o trânsito através da Ucrânia, e a russa Gazprom são as diretamente envolvidas na crise, afirmou Kostoval. Já a Eslováquia indicou hoje que "não renuncia a seu direito de ser compensada pelos que lhe causaram prejuízos", indicou Branislava Zvara, porta-voz do Ministério da Economia. A Eslováquia informou que perdeu cerca de 100 milhões de euros por dia durante a crise do gás. No entanto, Zvara reconheceu que "do ponto de vista legal, não há nenhuma prova conclusiva sobre as perdas para uma denúncia, e por isso esse dado é irrelevante." O porta-voz disse ainda que é difícil afirmar quanto desse prejuízo foi causado pelo corte do fornecimento de gás e quanto foi culpa da crise econômica mundial.