postado em 04/02/2009 18:03
Na primeira entrevista concedida desde que deixou o cargo, o ex-vice-presidente americano avisou que a política antiterrorista do governo Obama expõe os Estados Unidos a graves atentados nucleares ou biológicos.
O novo presidente dos Estados Unidos ainda vai se arrepender de ter fechado Guantánamo e de ter abolido as controvertidas técnicas de interrogatório dos suspeitos de terrorismo, consideradas como tortura, afirmou o vice-presidente de George W. Bush nesta entrevista, publicada nesta quarta-feira pelo site especializado Politico.com.
"São pessoas que fazem o mal. Não vamos ganhar esta batalha dando a cara a tapa", advertiu Cheney, considerado um dos vice-presidentes mais poderosos da história dos Estados Unidos.
"Uma arma nuclear ou um agente biológico" colocado por extremistas no coração de uma cidade americana constitui, segundo ele, "a ameaça mais grave" contra os Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
Este tipo de ameaça, que "pode matar centenas de milhares de pessoas", é "do tipo das que exigem um tempo enorme para se prevenir", afirmou. "Penso que uma tentativa deste gênero é altamente provável", alertou Cheney.
A concretização desta ameaça "depende da manutenção da política que nos permitiu neutralizar todas as tentativas de atentados em grande escala contra os Estados Unidos desde o 11/9", prosseguiu.
Cheney não quis criticar diretamente o presidente Obama, mas disparou contra o Partido Democrata de um modo geral, principalmente sobre o plano de recuperação econômica que está preparando o Congresso, avaliado em 800 a 900 bilhões de dólares.
Ele ainda revelou na entrevista que conversou na semana passada com o ex-presidente Bush, que estava "bem".