postado em 05/02/2009 07:58
CARACAS - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, reiterou nesta quarta-feira sua condenação ao ataque contra a principal sinagoga de Caracas, enquanto o chanceler Nicolás Maduro se reuniu com dirigentes da comunidade judaica venezuelana para expressar seu respeito por esse grupo religioso.
"Acusam-me de anti-semita. Não, eu não odeio os judeus e faço um apelo aos judeus venezuelanos para que não se deixem manipular. O governo rejeita qualquer agressão a qualquer templo judaico, católico, muçulmano, ou de qualquer credo", insistiu.
Na madrugada de sábado, desconhecidos invadiram a Sinagoga Principal de Caracas, onde destruíram objetos de culto e escreveram frases como "Israel, malditos" e "Fora, judeus", nas paredes.
Chávez denunciou que "a burguesia venezuelana" tenta transformar a invasão em um "escândalo mundial" para gerar um clima de violência adverso ao governo, às vésperas do referendo para emendar a Constituição.
Após se reunir hoje com líderes judeus, o chanceler garantiu que "foi uma conversa muito frutífera (...) Nós lhes dissemos pessoalmente, em nome do presidente (Hugo) Chávez, nosso repúdio e a condenação absoluta ao ataque contra o local sagrado da comunidade judaica na Venezuela".
Maduro declarou que o ataque foi uma "operação cirúrgica com um alto nível de profissionalismo" e disse acreditar em que a investigação levará aos responsáveis. "Vamos capturá-los e vamos puni-los com todo o peso da lei, quem quer que seja", prometeu o chanceler.