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Exército do Sri Lanka toma última base naval dos tigres tâmeis

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postado em 05/02/2009 13:39
COLOMBO - O Exército do Sri Lanka tomou o controle nesta quinta-feira (05/02) da última base conhecida da marinha dos rebeldes tâmeis no nordeste do país, anunciou um comandante militar. Os tigres tamêis dispunham de uma verdadeira força naval, os "tigres dos mares", que atacavam a Marinha local ou atacavam seus navios de guerra, em embarcações-suicidas. Tropas terrestres conseguiram tomar a base de Chalai, na costa do nordeste, e mataram 12 membros dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), disse a fonte do militar, sob anonimato. "O Exército acabar de entrar no Chalai e consolida suas posições na costa", garantiu. Após 37 anos de conflito, o Exército do Sri Lanka realiza uma ofensiva final contra os tigres entrincheirados em 200 km2 da floresta do nordeste do país. Na região sobrevivem aproximadamente 200.000 civis tâmeis, mas centenas já foram mortos desde 1º de janeiro, segundo a ONU e o Comitê da Cruz Vermelha (CICV). O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ratnasiri Wickremanayake, por sua vez, ofereceu uma anistia aos guerrilheiros separatistas tâmeis que entregarem as armas e se renderem. "Temos informações de que grupos de pessoas que participaram em atividades terroristas no norte estão dispostos a se entregar", afirmou o premiê no Parlamento. "É uma decisão sábia, e estamos dispostos a dar as boas-vindas", acrescentou, sem revelar detalhes das condições de concessão da anistia. Mais cedo, o ministro cingalês da Defesa, Gotabhaya Rajapakse, rejeitou a possibilidade de negociar com os tigres tâmeis as condições de uma rendição. Ele afirmou ao jornal Island que o governo só aceitaria a rendição completa dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), que estão próximos de uma derrota militar completa no norte do país. Estados Unidos, União Européia, Japão e Noruega defenderam a idéia de que os LTTE discutam com o governo cingalês as modalidades para o fim do conflito. "Nada seria mais ridículo que isto. Somente uma rendição sem condições poderia acabar com a ofensiva", afirmou o irmão do presidente cingalês Mahinda Rajapakse.

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