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Noruega anuncia plano de estímulo de 11,4 bilhões de euros

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postado em 08/02/2009 16:18
O governo norueguês apresentou neste domingo (08/02) um novo plano de reativação econômica de 11,4 bilhões de euros (100 bilhões de coroas), para ajudar na concessão de créditos a empresas e particulares. O governo de centro esquerda propôs criar dois fundos, com 50 bilhões de coroas cada um, o primeiro para aumentar a liquidez dos bancos e o segundo para fornecer diretamente linhas de crédito às empresas que estão com dificuldades de encontrar financiamento. "Estamos fazendo isso para reforçar o emprego, a economia norueguesa, ajudar na criação de empresas...", declarou o primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, em entrevista à imprensa. Este plano complementa um plano de retomada de 20 bilhões de coroas revelado mês passado e um outro plano de resgate do setor bancários de 350 bilhões de coroas apresentado em outubro. Apesar de sua importante rede petroleira, afetada pelo recuo dos preços do barril, a Noruega também está ameaçada de recessão. Para 2009, o governo de centro esquerda espera um crescimento "nulo" do PIB (Produto Interno Bruto). Mas um bom número de economistas prevê uma contração. Consequência da degradação da economia, o desemprego aumentou 0,6% em janeiro, ficando em 2,6% da população ativa, um nível ainda fraco em relação aos demais países ocidentais, mas que deve continuar aumentando rapidamente. O plano apresentado neste domingo será condicionado ao congelamento, em 2009 e 2010, dos salários e dos prêmios dos altos dirigentes que ganham mais de 1,5 milhão de coroas por ano, assim como a uma "política restritiva de dividendo" O debate sobre a remuneração dos banqueiros está tenso na Noruega, mais do que em outras economias ocidentais. "O dinheiro deve servir para aumentar o crédito, não para aumentar os salários", declarou a ministra das Finanças, Kristin Halvorsen. Os banqueiros que ganham menos de 1,5 milhão de coroas por ano poderão receber bônus de até 20% de seus salários desde que a soma total não passe do teto de 1,5 milhão. Sob pressão da opinião pública, os dirigentes dos principais estabelecimentos financeiros aceitaram um congelamento dos salários este ano.

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