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Chávez faz comício na reta final de campanha do referendo da reeleição

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postado em 12/02/2009 15:38
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, faz nesta quinta-feira, em Caracas, um comício na reta final para o referendo de domingo que decidirá se o povo apoia ou rejeita uma emenda à Constituição permitindo a reeleição sem limite de mandatos. A manifestação, convocada coincidindo com a comemoração da batalha de La Victoria, de 1814, celebrada na Venezuela como o Dia da Juventude, servirá de preparação para o encerramento da campanha nesta sexta. De diversos pontos da cidade partiram caravanas para a avenida central Bolívar, onde mais tarde o presidente se dirigirá a seus seguidores. Chávez, que multiplicou os atos de campanha nos últimos dias, busca a vitória no referendo para poder se candidatar às eleições presidenciais de 2012 e, inclusive, além disso, para assim solidificar seu chamado "socialismo do século XXI". A oposição critica esta consulta por considerar que a reeleição ilimitada já foi rejeitada no referendo sobre uma reforma constituciional em 2007. Segundo especifica a atual Constituição, o presidente venezuelano, que chegou ao poder em 1999, deve deixar o cargo após as eleições presidenciais de 2012, quando termina seu segundo mandato. Mas a modificação de cinco artigos do ordenamento jurídico do país o permitirá voltar a se candidatar quantas vezes quiser, assim como os governadores, prefeitos, vereadores e deputados da Venezuela. O governo rejeita o termo "reeleição indefinida" e ressalta que a emenda abre apenas a possibilidade de o povo manter os bons governantes no poder, se assim desejar. Os principais institutos de pesquisa da Venezuela consideram que é impossível fazer prognósticos sobre quem sairá vitorioso. Segundo eles, não há uma vantagem clara e as respostas dos consultados não são tão confiáveis como em outras ocasiões. Há entidades que apontam que quem apoia a emenda tem uma leve vantagem sobre quem é contrário a ela. Porta-vozes do governo asseguram que as pesquisas estão a seu favor e que a tendência do 'sim' é "irreversível".

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