postado em 13/02/2009 16:23
A União Europeia (UE) ofereceu à dividida ilha do Chipre assistência técnica e legal na esperança de que os cipriotas agarrem uma acordo de paz neste ano, informou hoje um funcionário graduado da UE. A oferta foi feita pelo comissário de expansão da UE, Olli Rehn, que teve conversações separadas com o presidente da parte grega da ilha do Chipre, Dimitris Christofias, e com o líder da parte separatista turca da ilha, Mehmet Ali Talat. "A União Europeia está pronta a apoiar uma solução cipriota ao problema do Chipre, pelo bem da ilha e pelo bem da Europa", disse Rehn. "Nós confiamos na determinação dos dois líderes em chegar a uma solução e apoiamos os seus esforços para atingir esse objetivo comum.
O Chipre foi dividido em 1974, quando o Exército da Turquia invadiu o norte da ilha em resposta a um golpe dos cipriotas gregos, que tiveram o apoio de Atenas e queriam unir a ilha à Grécia. Os turcos ocuparam a parte norte da ilha e proclamaram uma república independente. Tropas das Nações Unidas tiveram que intervir para impedir uma guerra em larga escala entre as duas comunidades. O Chipre que faz parte da União Europeia é a parte grega. Várias tentativas das Nações Unidas para a paz terminaram em fracasso e a possibilidade de uma solução foi apresentada apenas recentemente, quando Christofias e Talat reabriram o diálogo.
As esperanças de um rápido acordo, no entanto, logo acabaram, quando ambos os lados admitiram sérias diferenças em questões cruciais, como divisão de poder e alterações fundiárias na futura federação. Talat quer uma forte representação turco-cipriota no Parlamento da ilha, para evitar que a maioria grega obtenha o domínio político. Christofias advoga um governo federal forte e uma representação proporcional de acordo com o tamanho das comunidades.
A devolução das propriedades para as pessoas expulsas em 1974 é outro ponto de discórdia, com Talat favorecendo uma compensação financeira e trocas de terras, ao invés de deixar os ex-proprietários decidirem. Christofias também tem fortes objeções a que tropas da Turquia continental permaneçam no norte da ilha após o acordo.