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Líder de extrema direita declara apoio a governo de Netanyahu

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postado em 19/02/2009 07:42
JERUSALÉM - O líder da extrema direita de Israel, Avigdor Lieberman, decidiu apoiar o chefe do Likud, Benjamin Netanyahu, na formação do próximo governo israelense, depois das eleições legislativas de 10 de fevereiro. "Temos duas propostas: a primeira, recomendamos Bibi (Benjamin) Netanyahu, mas apenas dentro de um governo amplo", declarou à imprensa Lieberman ao ser recebido em Jerusalém pelo presidente israelense Shimon Peres. "Diante dos desafios econômicos e da ameaça iraniana, precisamos de um governo que inclua os três partidos: o Likud, o Kadima e o Israel Beitenu. Quem quiser se somar poderá fazê-lo depois", acrescentou. Lieberman é o primeiro líder político a se reunir nesta quinta-feira com o presidente Shimon Peres, que concluirá as consultas para designar quem tem mais chances de formar o próximo governo. Segundo analistas políticos, Peres vai atribuir a Netanyahu a formação do governo, já que ele pode reunir o apoio de 65 dos 120 deputados do Parlamento unicameral. Tzipi Livni, líder do partido de centro Kadima, que elegeu 28 deputados, um a mais que o Likud de Netanyahu, tem apenas o apoio do próprio partido. Depois de se reunir na quarta-feira com Livni e Netanyahu, Peres se encontra nesta quinta-feira com os líderes dos demais partidos e após as consultas deve anunciar sua decisão no domingo ou segunda-feira, segundo a porta-voz da presidência, Ayelet Frish. Como o Israel Beiteinu de Lieberman elegeu 15 deputados, em uma Câmara de 120, o apoio deste partido é decisivo para a formação do próximo gabinete. "Netanyahu será o primeiro-ministro, mas será um governo Bibi-Livni. Digo ao Likud que desista de formar um governo restrito, que seria apenas um governo de sobrevivência, incapaz de adotar a mínima iniciativa", disse Lieberman. "Digo a Tzipi Livni que renuncie à ideia de uma alternância, pois esta fórmula provocaria instabilidade", completou Lieberman a respeito de um possível rodízio no cargo de premiê entre Livni e Netanyahu.

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