postado em 20/02/2009 20:30
A secretária de Estado americana Hillary Clinton começou nesta sexta-feira (20/02) sua visita à China, última etapa da viagem que empreendeu pela Ásia, com a esperança de que o delicado tema dos direitos humanos não bloqueie as discussões sobre a crise econômica mundial e as mudanças climáticas.
"As sucessivas administrações (americanas) e os governos chineses se preocuparam com esta questão (dos direitos humanos), e é preciso continuar pressionando. Mas isso não deve interferir na crise econômica mundial, no aquecimento global e na segurança", estimou Clinton, ao deixar Seul em direção a Pequim.
Na capital da Coréia do Sul, a chefe da diplomacia americana instou a vizinha Coréia do Norte a "acabar com sua guerra verbal" contra Seul, advertindo o regime de Pyongyang que proferir insultos e ameaças contra os dirigentes sul-coreanos não ajudará a melhorar suas relações com Washington.
Na China, onde permanecerá até domingo, a secretária de Estado se reunirá no sábado com o presidente chinês, Hu Jintao, com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e com o chefe da diplomacia, Yang Jiechi.
"Ainda não sabemos como dialogar sobre a crise econômica e os problemas de segurança", como o extremismo no Afeganistão e Paquistão, explicou Clinton em Seul.
"Se falarmos sobre isso, em grande parte é porque lá estão as chances de mudança. O que não quer dizer que estejamos menos preocupados" com a questão dos direitos humanos na China, afirmou.
Pequim será a quarta e última parte do giro asiático de Clinton, que começou por Japão e Indonésia, em sua primeira viagem ao exterior como secretária de Estado de Barack Obama.