postado em 02/03/2009 17:26
Reunidos nesta segunda-feira em Sharm el-Sheikh, no Egito, os doadores internacionais exortaram os palestinos a se unirem para garantir o sucesso da reconstrução da Faixa de Gaza e defenderam a reativação do processo de paz com Israel.
Os participantes da conferência para a reconstrução da Faixa de Gaza e a recuperação de sua economia destacaram em comunicado "a importância da reconciliação nacional palestina", considerada como uma "condição prévia e necessária para o sucesso dos esforços de reconstrução empreendidos pelos doadores".
O ministro egípcio das Relações Exteriores, Ahmed Abul Gheit, cujo país patrocina as negociações entre facções palestinas rivais, defendeu por sua vez o reconhecimento internacional do governo de união que o Fatah e o Hamas vão negociar em março, quase dois anos depois de o movimento radical islâmico ter tomado o poder à força na Faixa de Gaza.
"Esperamos uma ampla aceitação internacional do próximo governo palestino", declarou, exprressando o desejo de que a comunidade internacional "considere este governo como uma emanação da Autoridade Palestina" do presidente Mahmud Abbas.
"A reconciliação palestina é uma das chaves para a paz, e uma das condições para a criação de um Estado palestino", declarou mais cedo o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, afirmou por sua vez que o sucesso da operação de reconstrução da Faixa de Gaza depende da reconciliação nacional palestino, e destacou a necessidade de chegar rapidamente a um acordo para uma trégua entre palestinos e israelenses.
Os palestinos conseguiram promessas de doações de quase 4,5 bilhões de dólares na conferência de Sharm el-Sheikh.
Os doadores ocidentais expressaram sua vontade de ajudar os civis da Faixa de Gaza e promover a reativação do processo de paz com Israel, mas sem fortalecer o Hamas, que consideram uma organização terrorista.
Eles também ressaltaram a necessidade de avançar na criação de um Estado palestino, no momento em que Israel se prepara para formar o governo mais à direita de sua história.