MOSCOU - O segundo julgamento do magnata russo Mikhail Khodorkovski teve início nesta terça-feira (03/03) e o ex-proprietário da empresa petroleira Yukos, já condenado a oito anos de prisão em 2005, enfrenta novas acusações por supostos delitos financeiros que poderão mantê-lo mais 22 anos na prisão.
Segundo os advogados, Khodorkovski é acusado de malversação da produção petroleira da já não existente Yukos, e de lavar milhões de rublos em efetivo. Se for considerado culpado das atuais acusações, Khodorkovski, de 45 anos, poderá ser condenado a 22 anos de prisão.
Esse processo foi um acontecimento importante durante a presidência de Vladimir Putin, e levou seus críticos a afirmar que Khodorkovski era apenas um bode expiatório, uma advertência aos demais "oligarcas" bilionários da Rússia.
Khodorkovski enfureceu o Kremlin ao financiar abertamente partidos opositores como o liberal Yabloko no período prévio às eleições parlamentares de 2003.