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Irã pede ao mundo muçulmano que se una à resistência palestina

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postado em 04/03/2009 09:27
TEERÃ - O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, pediu nesta quarta-feira (04/03) ao mundo muçulmano que se some à resistência palestina contra Israel, no discurso de abertura da cúpula internacional de dois dias organizada por Teerã para arrecadar dinheiro para Gaza. "A única forma de salvar a Palestina é a resistência", declarou Khamenei, depois de chamar Israel de "tumor cancerígeno". "Não vamos salvar a Palestina mendigando nas Nações Unidas", acrescentou. "Apoiar e ajudar os palestinos é um dever imperativo de todos os muçulmanos", afirmou ainda, pedindo que os dirigentes israelenses sejam julgados pela recente ofensiva em Gaza, na qual morreram mais de 1.300 palestinos e 13 israelenses. O presidente iraniano, o ultraconservador Mahmud Ahmadinejad, também falou durante a sessão inaugural, quando reiterou o pedido de formar uma "frente global antissionista e castigar seriamente os criminosos sionistas". A conferência coincide com a primeira visita ao Oriente Médio da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que já se reuniu com os líderes de Israel e nesta quarta-feira se encontrará em Ramallah, Cisjordânia, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro Salam Fayyad. O Irã não reconhece Israel e Khameini já reiterou em várias ocasiões sua total recusa à solução de dois Estados para resolver o conflito israelense-palestino. A cúpula de Teerã também acontece dois dias depois de outra reunião de doadores internacionais no Egito, na qual foram prometidos 4,5 bilhões de dólares para a reconstrução de Gaza. O Irã criticou a conferência egípcia. "Quem participou nela e fez parte desse espetáculo de títeres aprova as atrocidades do regime sionista em Gaza", afirmou Ali Akbar Mohtashamipur, secretário-geral da reunião de Teerã. A televisão iraniana exibiu imagens de representantes estrangeiros presentes na reunião e entre os poucos identificáveis estavam o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, aliado do movimento xiita libanês Hezbollah, o número dois do gabinete político do Hamas no exílio, Mussa Abu Marzuk, e Mahmud Zahar, o dirigente mais influente do Hamas na Faixa de Gaza.

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