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Chávez faz mudanças no gabinete e elimina dois ministérios

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Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mudou integrantes do gabinete, reformulou competências de alguns ministérios e eliminou dois deles. O propósito declarado do governo é buscar mais eficiência e adaptar as estruturas políticas do governo, no momento em que os venezuelanos esperam a redução do gasto público. O ministro da Comunicação e Informação, Jesse Chacón, disse à imprensa que Chávez designou María Cristina Iglesias como ministra do Trabalho, substituindo Roberto Hernández. No Ministério do Turismo, saiu Olga Azuaje e entrou César Morejón. Os ajustes incluem a mudança de denominação e a ampliação das competências do Ministério de Ciências e Tecnologias, que passa a se chamar Ministério do Poder Popular para as Ciências, Tecnologia e Indústrias Intermediárias. Noris Orijuela foi designada para chefiar a pasta. No novo ministério foram incluídas algumas das atribuições do Ministério da Indústria Leve e do Comércio e outras ficaram para o novo Ministério do Comércio. O ministro do Comércio será Eduardo Saman, até então diretor do estatal escritório de proteção ao consumidor. O Ministério de Infraestrutura passará a se chamar Ministério de Obras Públicas e Habitação, com o fim do Ministério da Habitação e do Hábitat. O atual ministro de Infraestrutura, Diosdado Cabello, segue no comando da área. O Ministério da Saúde englobou as competências do eliminado Ministério para a Participação Social e Proteção Social. A pasta da Economia Comunal passa a se chamar Ministério para As Comunas e também ficará com algumas atribuições do extinto ministério de participação social. A ministra das Comunas será Erica Farias. As mudanças no governo coincidem com o anúncio recente do ministro da Economia, Alí Rodriguez, de que haverá um corte no gasto público para enfrentar a queda na renda com o petróleo. A Venezuela depende fortemente do dinheiro da exportação do petróleo, com o que financia metade do orçamento público. O petróleo representa 94% do dinheiro recebido pelo país com exportações. As alterações se somam à anunciada na semana passada pelo presidente, que colocou Jorge Giordani à frente do Ministério da Planificação, substituindo Haiman El Troudi. Os outros ministros foram mantidos em seus postos, segundo Chacón. O ministro disse que a intenção das mudanças é "adaptar as estruturas às políticas do governo" e "acelerar a dinâmica que rege a administração do Estado para fazê-lo mais eficaz em sua tarefa de bem-estar e interesse coletivo". Também segue no cargo o vice-presidente Ramón Carrizales, que interinamente comandará a Defesa, substituindo o general Gustavo Rangel Briceño.