postado em 04/03/2009 14:46
GENEBRA - Os Estados Unidos confirmaram nesta quarta-feira (04/03) sua "participação como observador ativo" do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, uma entidade que o país vinha ignorando desde sua criação, em 2006.
"Nossa participação como observador ativo é um sinal do compromisso da administração americana em fazer progredir a causa dos direitos humanos e reforçar a eficiência das instituições internacionais", declarou o encarregado de negócios americano Mark Storella diante do Conselho, reunido em Genebra para sua 10ª sessão.
Entretanto, os Estados Unidos estão "preocupados" com a "politização dos direitos humanos", e pelo fato de o Conselho "se focalizar repetidamente em um único país", ressaltou o diplomata.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Robert Wood, foi ainda mais explícito domingo, quando criticou em comunicado a "orientação anti-israelense" do Conselho.
Storella também lamentou "o fracasso do Conselho até agora em responder às violações dos direitos humanos mais evidentes".
Ele também expressou a "preocupação" de seu país com as "tentativas isoladas, mas alarmantes, de algumas pessoas de utilizar as resoluções do Conselho para desrespeitar direitos humanos como a liberdade de expressão".
Os Estados Unidos prometeram "aproveitar cada oportunidade de consolidar as antigas parcerias, e de criar novas parcerias" para trabalhar em prol do fortalecimento da instituição, apostando na "vontade" de todos seus atores - membros e observadores" de "superarem" suas divergências.
O Conselho dos Direitos Humanos foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em março de 2006 para suceder à Comissão dos Direitos Humanos, muito criticada pelos mesmos motivos.
Os Estados Unidos e Israel se opuseram à resolução que criou o Conselho.