Mundo

Hillary Clinton pede solução para menino americano mantido no Brasil

;

postado em 04/03/2009 16:34
Os Estados Unidos pressionaram o Brasil para resolver o caso de Sean Goldman, de oito anos de idade, filho de uma brasileira, que agora é reclamado pelo pai, que mora nos EUA, indicou nesta quarta-feira a secretária de Estado Hillary Clinton. "Levantei esta questão dentro da mais alta esfera do governo brasileiro", disse Clinton, em entrevista à rede de televisão NBC. "Estive trabalhando em conjunto com vários membros do Congresso. Esperamos que este caso seja resolvido". Clinton se reuniu na semana passada com o ministro brasileiro das Relações Exteriores Celso Amorim. Este afirmou à imprensa que a questão de Sean Goldman estava sendo discutida. "É o sistema judiciário deles. Eles possuem um Judiciário independente, como nós temos um Judiciário independente", disse a secretária americana. O americano David Goldman se casou com a brasileira Bruna Carneiro Ribeiro em 1999. Um ano depois, nasceu Sean, no estado de Nova Jersey, onde a família vivia. Segundo Goldman, ele e a mulher viajaram ao Brasil em 2004, quando ela então desapareceu com a criança e telefonou para ele informando que o casamento havia terminado - e que ela não pretendia voltar para os Estados Unidos. Ela conseguiu o divórcio em uma corte brasileira, e então casou-se de novo. Bruna, no entanto, morreu em agosto do ano passado, ao dar à luz seu segundo filho. David Goldman conseguiu retomar o contato com a família da ex-mulher depois de sua morte, e deu início a um processo judicial para reaver a custódia de Sean. Ele chegou a vir ao Brasil em setembro, em vão. Clinton destacou que "é importante que usemos algum tempo para trabalhar com amigos e aliados como o Brasil". "Este é um aliado em muitas questões importantes com os Estados Unidos, um vizinho, e a América Latina, (...). Temos um acordo internacional para lidar com casos de disputa pela guarda de crianças, que é a Convenção de Haia", afirmou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação