postado em 09/03/2009 19:30
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou hoje que os dissidentes do Exército Republicano Irlandês (IRA, nas iniciais em inglês), responsáveis pela morte de dois soldados, não conseguirão escapar da Justiça nem minar o processo de paz na Irlanda do Norte. Brown realizou uma visita ao quartel do Exército da Grã-Bretanha a oeste de Belfast, onde o grupo dissidente IRA Autêntico matou a tiros dois soldados e feriu outros dois soldados e dois entregadores de pizza no sábado. Foram as primeiras mortes das forças de segurança britânicas na Irlanda do Norte em 12 anos.
"Nenhum terrorista, assassino, ninguém poderá destruir o que o povo da Irlanda do Norte está construindo junto", disse Brown. O primeiro-ministro afirmou que o ataque tentava impedir que prospere uma coalizão de 22 meses entre católicos irlandeses e protestantes britânicos. Segundo o líder, a violência não impedirá a manutenção do governo.
O IRA Autêntico é o grupo que mais causou destruição entre as dissidências do IRA, desde que a maioria dos líderes originários aceitaram um processo de paz na Irlanda do Norte. A dissidência perpetrou o pior ataque terrorista do país, em 15 de agosto de 1998, em Omagh, que matou 29 pessoas e feriu mais de 300. Porém nunca mostrou a mesma força e capacidade do IRA, que matou quase 1.800 pessoas entre 1970 e 1997, tanto na Irlanda do Norte quanto na Grã-Bretanha.