postado em 09/03/2009 19:42
A Grã-Bretanha foi condenada em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) por transgredir direitos humanos básicos e "tentar dissimular atos ilegais" na luta contra o terrorismo. O relatório é muito crítico com a cooperação britânica na transferência de detidos a lugares onde eles foram torturados como parte da estratégia norte-americana durante a "guerra ao terror". As informações são do site do jornal britânico "The Guardian" (www.guardian.co.uk). O relatório coloca a Grã-Bretanha ao lado da Bósnia e Herzegovina, Canadá, Croácia, Geórgia, Indonésia, Quênia, Macedônia e Paquistão como Estados que proveram com inteligência "ou conduziram as detenções iniciais de indivíduos antes que eles fossem transferidos a centros de detenção no Afeganistão, Egito, Etiópia, Jordânia, Paquistão, Marrocos, Arábia Saudita, Iêmen, Síria, Tailândia e Usbequistão, ou para um dos centros secretos de detenção da CIA, frequentemente chamados de 'lugares negros'.
O relatório acusa oficiais da inteligência britânica de terem interrogado detentos que estavam incomunicáveis em prisões no Paquistão, "onde eles estavam sendo torturados". O relatório acrescenta que a Grã-Bretanha, com um número de países, mandou interrogadores à prisão americana da base naval na Baía de Guantánamo, no que pode ser definido como "fechar os olhos" à prática da tortura e maus tratos
Segundo a reportagem do site do diário britânico, que teve acesso ao relatório, alguns indivíduos enfrentaram "detenção secreta e prolongada" durante a guerra ao terror. Segundo o "The Guardian", o governo britânico enfrenta uma forte pressão dos grupos de defesa dos direitos humanos e de parte da oposição para abrir uma investigação sobre o papel da Grã-Bretanha nas transferências secretas de prisioneiros feitas pela Agência Central de Inteligência (CIA), dos EUA, a partir de 2001. As informações são do site do "The Guardian"