postado em 10/03/2009 18:29
Em seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no próximo sábado (14), em Washington, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intervirá no sentido de uma reaproximação dos norte-americanos com a Venezuela. De acordo com o assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia, a intermediação foi solicitada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
O presidente Chávez tem interesse em uma política de aproximação com a nova administração norte-americana, pediu publicamente que o presidente Lula o fizesse, e vamos fazê-lo. Julgamos que isso é bom porque uma melhor convivência de países da importância dos Estados Unidos e da Venezuela é boa para todos nós.
No entanto, Garcia disse que o mesmo tipo de intervenção não deverá ocorrer em relação a Cuba. Segundo o assessor da Presidência, nesse caso, nenhum dos dois países solicitou a mediação brasileira.
Se o tema vier tona, evidentemente, o presidente não se furtará a dizer o que tem dito, que acha que é importante uma mudança da posição do governo norte-americano em relação a Cuba. Uma dessas mudanças pode ser levantar, atenuar o bloqueio, ou coisa desse tipo. Mas não temos procuração, nem dos cubanos nem do governo americano, para desempenhar o papel de mediadores, afirmou Garcia.
Ele também não acredita que haja espaço para tratar da volta de Cuba Organização dos Estados Americanos (OEA) o país foi excluído do organismo em 1962. De acordo com Garcia, os países da região pretendem, primeiro, questionar a decisão da OEA de excluir Cuba.
Em dezembro, na Costa do Sauípe, durante a reunião em que foi formalizado o ingresso de Cuba no Grupo do Rio, o presidente cubano, Raúl Castro, disse que seu país não quer voltar OEA e pediu a extinção da instituição. O Grupo do Rio é um fórum de consultas políticas dos países latino-americanos e caribenhos.