postado em 10/03/2009 19:22
O incidente marítimo de domingo passado entre a China e os Estados Unidos é o mais grave entre os dois países desde que Pequim obrigou um avião espião americano a pousar, em abril de 2001, afirmou nesta terça-feira Dennis Blair, diretor dos serviços de inteligência americanos.
Blair declarou diante de uma comissão do Senado que a China envia uma mensagem dúbia ao adotar uma postura "mais agressiva" no sul da Ásia, ao mesmo tempo em que mobiliza navios para contribuir para o combate à pirataria marítima no litoral leste-africano.
"A questão ainda é saber se, conforme o poderio militar chinês aumenta, ele será usado para o bem ou para sair empurrando pessoas por aí", disse Blair ao Comitê das Forças Armadas do Senado americano.
Os Estados Unidos afirmam que barcos chineses cercaram o "Impeccable", um navio desarmado da Marinha americana, em águas internacionais, a 120 quilômetros da ilha de Hainan, no último domingo.
O Pentágono indicou que cinco embarcações chinesas se aproximaram perigosamente do USNS Impeccable, navio de vigilância que carregava um sonar submerso, usado para detectar submarinos.
A Casa Branca conclamou a China a respeitar o direito internacional, destacando que a presença do navio americano não era algo anormal nesta zona do sudeste asiático.
A China, por sua vez, expressou nesta terça-feira seu "protesto formal" aos Estados Unidos, pedindo a interrupção de suas atividades navais na região, que considera ilegais, e acusando o navio americano de violar o direito internacional chinês.