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Advogados da família Bianchi questionam pedido de extradição do filho da brasileira

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postado em 13/03/2009 18:50
O advogado Sérgio Tostes, que defende a família brasileira do menino cuja a guarda está sendo reivindicada pelo pai americano, o modelo David Goldaman, disse que por trás do pedido de tutela do filho há questões de mera ganância financeira. Tostes defende a família da brasileira Bruna Bianchi, que há quatro anos trouxe a criança para o Brasil e que morreu no ano passado. Acompanhado de outro advogado, Sérgio Tostes disse Agência Brasil, que Goldman jamais demonstrou interesse pelo filho, nos últimos anos, e que nunca deu um telefone ou pagou pensão criança. Ele [David Goldman] só resolveu se movimentar depois que a Bruna [Bianchi] morreu, disse. Armou todo esse aparato de mídia. Se ele é um pai que gosta do filho, deveria respeitar o menino e não armar todo esse circo. Basta estabelecer afetividade, afirmou. Para os advogados, o americano quer aparecer e se beneficiar da herança que Bruna deixou para o filho. Como ela era uma menina que tinha patrimônio e o menino é herdeiro da mãe, se o americano ficar com a guarda, administrará o patrimônio do filho Há um interesse financeiro, disse. O advogado da família Binachi também questionou a interferência do governo americano no caso e comenta a aprovação de um documento pelo Congresso dos Estados Unidos, pedindo a extradição da criança. Tostes disse que a incitativa invade a soberania brasileira. Esse é um simples caso de Direito de Família. Dentro de cada país funciona a autonomia de suas próprias leis. Não há justificativa para nenhuma interferência dessa natureza. O caso está sendo politizado, afirmou. Na quarta-feira (11) a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senadoabordou o caso. Os senadoresaprovaram um convite para que o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, explique o motivo de a Advocacia-Geral da União ter entrado no caso. David Goldman disputa a guarda do filho com a família da brasileira. Ele chegou ontem (11) ao Rio de Janeiro para fazer exames médicos pedidos pela Justiça brasileira. O caso está na 16° Vara da Justiça Federal. A família da brasileiranão confirma, mas também não nega um possível encontro entre o americano e o filho. A criança vive com a irmã mais nova e o padrasto, que detém a guarda do menino. De acordo com Tostes, a Constituição do Brasil estabelece que mais importante que o pai biológico é a relação sócio-afetiva. Pai é aquele que cria, afirmou. Procurados, os advogados brasileiros de David Goldman não atenderam reportagem da Agência Brasil.

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