postado em 15/03/2009 20:33
Líderes da equipe econômica da Casa Branca e um importante senador republicano expressaram forte repúdio ao pagamento de bônus milionários aos funcionários da unidade financeira da American International Group (AIG) e prometeram evitar tais pagamentos no futuro. Em programas tevê hoje, eles criticaram os contratos que a AIG afirma ter de cumprir, pelos quais pagará US$ 165 milhões aos seus executivos, apesar do governo ter injetado mais de US$ 170 bilhões para impedir o colapso da companhia.
A AIG aceitou um pedido da administração do presidente Barack Obama para restringir esses pagamentos no futuro. Austan Goolsbee, diretor do Conselho de Consultores de Recuperação Econômica do presidente Obama disse que secretário do Tesouro, Timothy Geithner, se intrometeu e repreendeu a direção da AIG, dizendo que eles têm de reduzir os bônus seguindo todos os meios legais que tiverem.
A AIG informou neste mês que perdeu US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre do ano passado, o maior prejuízo corporativo na história dos EUA. Em uma carta enviada a Geithner, com data ontem, o presidente da AIG, Edward Liddy, disse que advogados haviam informado que a AIG tinha obrigações contratuais para fazer os pagamentos dos bônus e poderia enfrentar processo se não os honrasse.
Liddy diz em sua carta que "muito francamente, as mãos da AIG estão atadas", embora ele diga que, à luz da atual situação da companhia, seria "desagradável e difícil" recomendar ir em frente com os pagamentos. Libby disse que a AIG assinou os contratos de bônus no início de 2008 antes da companhia ficar sob severa pressão financeira que a forçou a recorrer a ajuda do governo.
A maior parte dos pagamentos irá para funcionários da unidade AIG Financial Products, que vendeu contratos de CDS (credit-defaults swaps), os arriscados contratos que provocaram imensas perdas para a seguradora.