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Trabalhistas israelenses votam sobre coalizão de governo com Netanyahu

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postado em 24/03/2009 14:58
JERUSALÉM - O congresso do Partido Trabalhista israelense se reuniu nesta terça-feira (24/03), em meio a um clima de profunda divisão, para votar um acordo fechado de manhã por seu líder, Ehud Barak, prevendo a entrada da formação na coalizão governamental do futuro primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Os 1.470 membros do congresso trabalhista iniciaram uma sessão extraordinária em Tel Aviv para se pronunciar, por voto secreto, a respeito da negociação entre Barak e Netanyahu, presidente do partido Likud. O resultado da votação deve ser divulgado por volta das 20h no horário local. Pelo menos sete dos 13 deputados do Partido Trabalhista se negaram abertamente a apoiar Netanyahu, e escreveram ao futuro primeiro-ministro afirmando que, mesmo que o acordo seja aprovado, não se sentirão obrigados a aderir às decisões do governo. Ehud Barak, atual ministro da Defesa que conservaria seu posto no gabinete de Netanyahu, defendeu a aliança com o Likud. "Graças a este acordo, obteremos êxitos excepcionais nos setores econômico e social, e poderemos continuar o processo de paz", indicou, em um comunicado. "Poderemos levar adiante negociações de paz sérias em toda a região", declarou um aliado de Barak, o atual ministro da Agricultura, Shalom Simhon. Reagindo ao acordo, o negociador palestino Saeb Erakat estimou que qualquer governo israelense deve "se comprometer a trabalhar por uma solução baseada em dois Estados, para ser um aliado em futuras negociações de paz". Os termos do acordo de coalizão concluído na manhã desta terça estabelecem que o Likud se comprometa a continuar as negociações de paz com os palestinos e a respeitar todos os acordos fechados por Israel no passado, segundo a mídia local. Netanyahu e Barak também concordaram em lutar pelo emprego e pela melhora das condições de greve no país. Ainda de acordo com a imprensa israelense, em troca de seu apoio na coalizão, os trabalhistas receberiam cinco ministérios (Defesa, Assuntos Sociais, Agricultura, Comércio e Indústria, além de um ministro sem pasta), o posto de vice-ministro e a presidência da importante Comissão Parlamentar de Assuntos Exteriores e Defesa.

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