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Piratas sequestram dois cargueiros na costa da Somália

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A União Europeia (UE) informou que dois navios cargueiros que levavam produtos químicos foram sequestrados na costa da Somália nas últimas 24 horas. Um comunicado do centro de operações navais do bloco em Northwood, Grã-Bretanha, afirma que uma embarcação grega de 9 mil toneladas e com 19 tripulantes foi atacada na tarde de ontem a aproximadamente 720 quilômetros a leste da costa. O documento diz ainda que um navio norueguês de 23 mil toneladas foi capturado hoje a 400 quilômetros a leste da Somália. A Associação de Proprietários de Navios Noruegueses informou, em comunicado divulgado nesta quinta-feira (26/03), que o navio Bow Asir foi sequestrado por um grupo de 16 a 18 piratas. A associação informou que a embarcação tinha uma tripulação de 27 pessoas e seu capitão era norueguês. A pequena frota antipirataria da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) irá retomar, em breve, as patrulhas no Chifre da África, unindo-se a um esquadrão internacional que já opera na região, informou a aliança. O comunicado da Otan diz que cinco navios chegarão às águas da costa somali em poucos dias. Eles farão parte das patrulhas antipirataria no local antes de se dirigirem para o sudeste da Ásia. "Esta é outra contribuição da aliança para os esforços internacionais para combater a pirataria nesta parte do mundo", disse o porta-voz Appathurai Said. "Nós temos muitos parceiros ao nosso lado e parece que os esforços internacionais estão tendo efeito positivo. A flotilha da Otan, cujo nome código é Provedor Aliado, deve retornar para a Europa em junho, mas pelo menos alguns de seus navios de guerra devem permanecer na estação para ajudar a monitorar as águas do Golfo de Áden. A frota, composta por navios de Portugal, Canadá, Holanda, Espanha e Reino Unido, é comandada por um almirante português. Os ataques piratas nas águas da costa da Somália atingiram níveis sem precedentes em 2008 e a Otan respondeu aos apelos da Organização das Nações Unidas (ONU) ao enviar três navios de guerra para escoltar cargueiros do Programa Mundial de Alimentos que levam ajuda para a Somália. A operação foi a primeira em que a aliança transatlântica enviou ajuda naval para o Oceano Índico e os oficiais citaram a medida como um bom exemplo de como a aliança responde às rápidas transformações no campo da segurança. Dependência A Somália não tem um governo efetivo desde 1991 e quase metade da população é dependente de ajuda externa, que é fornecida principalmente pelo Programa Mundial de Alimentação, cujos navios foram atacados várias vezes por piratas antes da chegada da primeira flotilha da Otan. Em dezembro, os navios da alianças foram substituídos por embarcações da UE. Navios de outros países, dentre eles China, Rússia, Índia, Arábia Saudita, Coreia do Sul e Estados Unidos, também juntaram-se à campanha contra a pirataria. Embora o número de ataques piratas a navios mercantes tenha caído nos últimos dois meses, acredita-se que eles devem aumentar com o final da atual estação das monções. Nesta semana, os piratas lançaram granadas propelidas por foguetes e atiraram com armas automáticas contra navios do Japão, da Grécia e de Hong Kong na costa da Somália, mas fugiram depois que as embarcações realizaram manobras evasivas. Os piratas atacam navios principalmente no Golfo de Áden, entre a Somália e o Iêmen, por onde passam 20 mil navios mercantes ao ano que vão em direção ou vêm do Canal de Suez, a rota mais rápida da Ásia para a Europa e as Américas. fonte: Agência Estado