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Ex-líder mexicano acusado de genocídio é inocentado

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postado em 27/03/2009 11:16
CIDADE DO MÉXICO - A Justiça Federal do México ratificou a inocência do ex-presidente Luis Echeverría em uma acusação de genocídio. O caso refere-se ao episódio que ficou conhecido como o Massacre de Tlatelolco, ocorrido em 1968. O Conselho de Judicatura - órgão que supervisiona a atuação dos júris federais - informou em comunicado que a decisão do Quinto Tribunal em Matéria Penal do Primeiro Circuito coincidiu com a da instância inferior. Segundo essa decisão, ainda que haja elementos para afirmar que houve um genocídio em 2 de outubro de 1968, quando estudantes foram assassinados em Cidade do México, não há provas de que Echeverría estava diretamente envolvido no crime. Echeverría sempre negou qualquer responsabilidade pelo episódio. Na época do massacre, ele ocupava o posto de ministro de Interior. Dois anos depois, foi eleito presidente (1970-1976). O advogado do ex-presidente, Juan Velázquez, informou à imprensa mexicana que a decisão implica o fim da prisão domiciliar, na qual Echeverría era mantido desde fins de 2006. Echeverría, hoje com 87 anos, é o único importante membro do governo da época ainda vivo.

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