postado em 28/03/2009 08:31
O rompimento de uma barragem deixou mais de 50 mortos na madrugada dessa sexta-feira (28/03) na Indonésia. Uma faixa de 250m da represa Situ Gintung desabou por volta das 2h (16h de quinta-feira em Brasília), inundando o povoado de Cirendeu, subúrbio a sudoeste da capital Jacarta. A maior parte da população dormia e, apesar das sirenes de emergência, muitos moradores foram pegos de surpresa. Testemunhas relataram que o volume de água era tamanho que ondas de até 4m se formaram e destruíram casas e carros. Sobreviventes também contaram que o incidente lembrou o tsunami de dezembro de 2004.Um porta-voz oficial afirmou que o trabalho de resgate está sendo prejudicado pela lama, que impede a circulação dos barcos de borracha. Muitas pessoas tentaram se salvar subindo nos telhados das casas, onde esperaram pelo resgate. Os sobreviventes foram levados para regiões mais altas da cidade, perto do câmpus da Universidade Muhammadiyah Jakarta. Na noite de ontem, equipes ainda tentavam salvar pessoas que tiveram suas casas submersas pela água. De acordo com o Ministério da Saúde disse que o acidente já fez 58 vítimas, mas a Agência Nacional de Coordenação de Desastres contabilizou 52 mortes. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas.
Causas
A causa da ruptura da barragem ; construída à base de terra compactada, mais de 100 anos atrás ; ainda não está clara. Fortes chuvas caíram em Jacarta na quinta-feira e especula-se que a estrutura não suportou a força da água. Autoridades abriram inquérito para investigar o acidente, mas um funcionário do Ministério de Obras Públicas insinuou que a tragédia pode ter sido desencadeada por má manutenção da represa nos últimos anos.
Segundo a agência indonésia de notícias Antara, o presidente Susilo Bambang Yudhoyono esteve ontem no local e anunciou que a represa será reformada. ;A barragem deve ser reconstruída. Também vamos projetar a nova estrutura de maneira que não cause mais preocupação pública;, disse Yudhoyono, depois de inspecionar os locais atingidos. Ele também afirmou que acionou os ministros da Saúde e de Assuntos Sociais para que tomem medidas de amparo às vítimas.