postado em 02/04/2009 23:57
O líder opositor venezuelano e prefeito de Maracaibo, Manuel Rosales, foi denunciado nesta quinta-feira por tentativa de homicídio, informou a agência estatal de notícias ABN.
Segundo a Procuradoria do Estado de Zulia, Rosales seria o responsável por ataques contra seis ex-funcionários da prefeitura de Maracaibo durante um protesto trabalhista no dia 1º de abril passado. Atrás dos ataques estariam "grupos de choque contratados pelo prefeito Rosales", segundo William Portillo, fiscal do Trabalho em Zulia.
Rosales, que disputou a presidência da Venezuela contra Hugo Chávez nas eleições de 2006, já responde a uma acusação de enriquecimento ilícito e deverá se apresentar à Justiça no dia 20 de abril, quando poderá ter decretada sua prisão preventiva.
O partido Um Novo Tempo (socialdemocrata), liderado por Rosales, anunciou na terça-feira passada que o político ficará "protegido" até que existam condições para sua adequada defesa judicial.
Fontes próximas a Rosales negaram que o prefeito de Maracaibo esteja fora do país, como afirmam pessoas ligadas ao governo Chavez. "É totalmente falso que Rosales saiu da Venezuela. Está em Zulia, em um local seguro, mas não vai se entregar à matilha", disse Omar Barboza, secretário-geral do Um Novo Tempo.
Rosales e seu partido político afirmam que o processo tem motivações políticas, enquanto o ministro da Comunicação, Jesse Chacón, afirma que o prefeito deve enfrentar a Justiça e provar sua inocência.
"Deveria estar despachando agora. Se não está, é porque é corrupto", resumiu Chacón. A polícia disse que ainda não há uma ordem de captura contra Rosales. No final de outubro, o presidente Hugo Chávez acusou Rosales de planejar matá-lo e afirmou que iria prendê-lo.