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Salários dos executivos americanos têm queda em 2008, mostra pesquisa

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postado em 03/04/2009 11:11
O salário médio e os bônus dos executivos nos Estados Unidos teve a primeira queda em sete anos, segundo mostra uma pesquisa da consultoria Hay Group publicado no "The Wall Street Journal". A pesquisa mostrou que, em 2008, os chefes-executivos das 200 maiores empresas do país receberam US$ 2,24 milhões - uma queda de 8,5%. Incluindo o valor de ações, opções e outros ganhos extras, os ganhos dos executivos recuou 3,4%, para US$ 7,56 milhões. A queda total nos ganhos diretos dos executivos teve o primeiro recuo em sete anos, e foi o segundo desde que o jornal começou a registrar esses dados, em 1989. As maiores quedas nos pagamentos dos executivos foi mais acentuada nos bancos e corretoras, informa o jornal, acrescentando que os ganhos anuais médios do cargo no setor financeiro contraiu 43%, para US$ 976 mil. A análise levou em conta as empresas com faturamentos superiores a US$ 5 bilhões anuais, informa o "WSJ". No caminho contrário, os salários dos executivos-chefes de empresas de médio porte avançaram 4,5%. Em compensação, os bônus caíram 10,9% enquanto outros ganhos extras recuaram, em média, 5,8%. Crise dos bônus A diminuição nos salários e nos bônus dos executivos surge no momento em que os americanos discutem limites à remuneração dos diretores das empresas resgatadas com fundos públicos. Nesta quarta-feira (1º/04), a Câmara dos Representantes americana (equivalente à Câmara dos Deputados) aprovou um projeto de lei que impede as empresas que receberam ajuda do governo de conceder bônus a seus executivos. O novo projeto foi aprovado por 247 votos contra 114. No mês passado, foi proposta a taxação em 90% das bonificações. Após o escândalo dos bônus aos executivos da seguradora AIG, recentemente resgatada da quebra com dinheiro do Estado, a comissão de Serviços Financeiros da Câmara, presidida pelo representante democrata Barney Frank, elaborou este novo texto. O projeto de lei busca "impedir os gastos irracionais e excessivos e aqueles não fundados sobre critérios de resultados" nas empresas que receberam ajuda pública.

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