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Dados atuais do terremoto na Itália mostram 150 mortos e 70 mil desabrigados

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postado em 06/04/2009 20:59
O terremoto que sacudiu nesta segunda-feira o centro da Itália deixou ao menos 150 mortos, 1.500 feridos e mais de 70 mil desabrigados, atingindo especialmente a cidade histórica de L'Aquila, onde destruiu casas, edifícios e igrejas. "O balanço de mortos é grande", declarou o ministro do Interior, Roberto Maroni, enquanto os hospitais de L'Aquila informavam 150 óbitos na região. As equipes de resgate, que trabalham há 17 horas em busca de sobreviventes, já conseguiram retirar 60 pessoas dos escombros, informaram os bombeiros. "Retiramos vivas dos escombros dos prédios derrubados na região de Abruzzos e na cidade de L'Aquila 60 pessoas no total". Os socorristas trabalhavam contra o tempo para conseguir encontrar os sobreviventes que ficaram presos nos destroços, já que a noite e a chuva prevista pela meteorologia devem dificultar as buscas. Centenas de pessoas estão desaparecidas, de acordo com a polícia, e o número de mortos pode continuar aumentando, principalmente pelas dramáticas condições em que ficaram as áreas históricas dos bairros mais afetados pelo terremoto, informou o canal RAI1. L'Aquila, uma cidade medieval, fica a 110 quilômetros de Roma. Boa parte dos monumentos artísticos, campanários e cúpulas foram parcialmente destruídos. A Defesa Civil anunciou que mais de 10.000 casas e edifícios foram danificados pelo terremoto, registrado às 03H30 local (22H30 de Brasília, domingo) em L'Aquila, capital da região montanhosa dos Abruzzos. O tremor de 6,2 graus, segundo o novo sistema de cálculo do momento, teve o epicentro a 8,8 km de profundidade. Cerca de 200 tremores menores foram registradas após o terremoto principal, informou a Comissão de Riscos Naturais, descartando a ocorrência de um novo abalo violento. Na cidade de Paganica seis corpos foram retirados dos escombros, enquanto em Pogio Picenze foram encontrados cinco, de acordo com a emissora Sky 24. Pelo menos quatro crianças morreram em L'Aquila, onde muitas pessoas se refugiaram nos próprios automóveis, estacionados diante das residências destruídas. O ministério do Interior enviou 1.700 policiais e bombeiros às áreas afetadas. As estradas de acesso a L'Aquila foram fechadas e milhares de pessoas caminhavam pelas ruas como formigas com cobertores e garrafas d'água. O chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, visitou a região devastada e garantiu o empenho de sua administração. "Desejo dizer uma coisa importante: pessoa alguma será abandonada a sua sorte", afirmou chefe de Governo, referindo-se aos milhares de desabrigados. Segundo Berlusconi, entre 45 mil e 50 mil pessoas já foram evacuadas da área atingida pelo tremor. Berlusconi disse que um campo com barracas será montado para abrigar até 20 mil pessoas. O líder italiano decretou emergência nacional e designou o chefe da Defesa Civil, Guido Bertolaso, como coordenador dos trabalhos de resgate. "É uma tragédia sem precedentes", afirmou Berlusconi, que cancelou uma viagem que faria nesta segunda-feira a Moscou. "Temos muitas vítimas, muitos feridos e muitas casas derrubadas". O Papa Bento XVI rezou pelas vítimas, em particular as crianças. "O Papa expressa sua dor às populações afetadas e oferece orações fervorosas pelas vítimas, em particular pelas crianças", afirma um telegrama enviado em nome do pontífice pela secretaria de Estado às autoridades religiosas da cidade de L'Aquila. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que está em uma visita oficial a Turquia, apresentou em uma entrevista coletiva em Ancara suas condolências às vítimas do terremoto. "Nós queremos enviar nossas condolências às famílias e esperamos que seja possível mandar equipes de resgate", afirmou Obama ao lado do presidente turco, Abdullah Gul. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, também manifestou pêsames pela tragéida. "Foi com grande tristeza que soube do trágico terremoto em L'Aquila, que causou muitas vítimas", afirma Barroso em uma mensagem enviada a Berlusconi. "Quero expressar em meu nome e no da Comissão Europeia meus mais sinceros pêsames".

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