postado em 07/04/2009 09:52
KIGALI - As cerimônias de recordação dos 15 anos do genocídio ruandês, em 1994, que deixaram 800 mil vítimas, começaram nesta terça-feira (07/04) ante um monumento funerário na colina de Nyanza, na cidade de Kigali, na qual esteve presente o presidente Paul Kagame.
Kagame depositou um ramo de flores no monumento desse lugar altamente simbólico, onde 5 mil pessoas foram exterminadas em 11 de abril de 1994, depois da retirada do contingente belga da força das Nações Unidas em Ruanda que os protegia contra os criminosos.
O governo belga decidiu repatriar suas tropas da força da ONU depois que 10 de seus homens foram mortos em 7 de abril por membros do Exército regular ruandês.
Segundo a principal associacão de sobreviventes do genocídio, Ibuka, 17 mil pessoas, incluindo inúmeros sobreviventes originários das colinas vizinhas, assistiram a cerimônia. Também participaram ministros do governo, que declarou uma semana de luto nacional.
O genocídio, cometido entre abril e julho de 1994 por extremistas hutus, deixou, segundo a ONU, cerca de 800 mil mortos entre a minoria tutsi e os hutus moderados.
A tomada do poder da antiga rebelião da Frente Patriótica Ruandesa (FPR) majoritariamente tutsi (atualmente no poder), dirigido por Kagame, pôs fim ao genocídio.