postado em 09/04/2009 17:13
O Exército dos Estados Unidos está enviando mais forças à região do Chifre da África, em resposta ao incidente com piratas somalis, que mantêm em seu poder um capitão americano no Oceano Índico, confirmou um funcionário americano à AFP.
Novas forças militares estão sendo deslocadas para a região, disse a fonte, sem detalhes sobre o aparato envolvido.
O USS Bainbridge, um navio de guerra da Marinha dos EUA, já está na zona onde um cargueiro americano foi atacado por piratas, na costa da Somália, havia informado antes um funcionário de alto escalão da Defesa.
Os piratas somalis atacaram porta-contêineres "Maersk Alabama", cuja tripulação conseguiu repelir o ataque, mas o comandante do navio foi levado pelos agressores.
Segundo o imediato do cargueiro, Ken Quinn, os piratas levaram o capitão Phillips em um bote salva-vidas "para exigir um resgate".
A tripulação do "Maersk Alabama" tinha informado por telefone que tentaria "deter os piratas" até a chegada do navio de guerra americano.
Com três navios e cerca de mil homens, a Marinha americana (US Navy) lidera uma força tarefa, com a participação de mais de 20 países, para combater a pirataria no Golfo de Aden.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, manifestou sua "profunda preocupação" com o ataque pirata a um navio americano, e conclamou uma ação internacional contra a pirataria.
"Estamos profundamente preocupados e acompanhamos isto muito de perto", revelou Hillary Clinton em Washington, após um encontro com o ministro marroquino de Relações Exteriores, Taieb Fassi-Fihri.
Hillary Clinton disse que o departamento de Estado está "concentrado neste ato de pirataria em particular", mas destacou que o mundo "precisa se reunir para acabar com a onda de pirataria".
Os atos de pirataria a partir da costa da Somália, país em guerra civil desde 1991, atingiram mais de 130 navios no ano passado, segundo o Bureau Marítimo Internacional.