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Sequestro na Somália: decisão de resgatar capitão foi questão de segundos

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postado em 12/04/2009 23:04
WASHINGTON - Franco-atiradores da Marinha americana puseram fim, neste domingo (12/04), ao sequestro do capitão Richard Phillips, refém de piratas somalis, matando três de seus quatro captores em uma decisão de segundos, informou um alto comando naval. O presidente americano, Barack Obama, deu a autorização para "tomar ações decisivas", se a vida de Phillips estivesse correndo risco, disse o vice-almirante Bill Gortney à imprensa. "Nossas ordens vieram diretamente do presidente", frisou Bill Gortney, chefe do Comando Central das Forças Navais americanas, ressaltando que os Navy Seals, a força de operações especiais da Marinha, estiveram envolvidos no resgate. Gortney não especificou a que grupo pertenciam os franco-atiradores. "O comandante no terreno pensou que o capitão se encontrava em perigo iminente e tomou a decisão, e ele tinha a autoridade para tomá-la e tinha segundos para fazê-lo", afirmou Gortney, em uma teleconferência, do Barein. O capitão saltou do bote salva-vidas, dando aos franco-atiradores a possibilidade de disparar nos piratas, informou a imprensa americana, o que não foi confirmado por Bill Gortney. A Marinha americana resgatou o capitão Phillips, que comandava o cargueiro "Maersk Alabama", às 19h19 (13h19 de Brasília), perto da costa somali. Os piratas "estavam apontando seus (rifles de assalto) AK-47 para o capitão", que estava amarrado, acrescentou Gortney. Os sequestradores haviam atirado em Phillips durante sua tentativa de fuga na sexta-feira. O capitão saiu ileso, foi recapturado e amarrado por cinco dias em um bote salva-vidas, rebocado há 25, ou 30 metros, atrás do navio americano "USS Bainbridge". Essa distância deu aos franco-atiradores uma visão clara dos piratas. Os piratas haviam advertido contra o uso da força para resgatar Phillips e, conforme a imprensa dos EUA, chegaram a pedir o pagamento de US$ 2 milhões para libertar o capitão americano. Depois de resgatado, Phillips foi levado a bordo do "USS Bainbridge" e, então, para o "USS Boxer", onde pôde se comunicar com sua família nos Estados Unidos e onde, após avaliação médica, constatou-se seu bom estado de saúde.

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