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Enviado americano promove solução de dois Estados: israelense e palestino

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postado em 16/04/2009 11:25
JERUSALÉM - O enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, tenta promover a ideia de dois Estados, um israelense e outro palestino, em sua primeira visita a Israel e Cisjordânia desde a posse do governo de direita de Benjamin Netanyahu, contrário à solução. "A política dos Estados Unidos se concentra em uma solução com dois Estados que coexistam em paz", declarou Mitchell após um encontro em Jerusalém com o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman. "Este foi o primeiro encontro. Conversamos sobre nossa estreita cooperação e a harmonização de nossas propostas sobre a questão palestina", declarou o ultradireitista Lieberman. O enfoque dos Estados Unidos esbarra nas dúvidas do gabinete israelense, que tomou posse em 31 de março, que rejeita a opção ;dois Estados para dois Povos;, defendida pelo presidente Barack Obama, mas afirma que pretende negociar a paz com os palestinos com base em um plano que privilegie o desenvolvimento econômico. Lieberman afirmou depois de assumir a chancelaria que não estava ligado ao processo de Anápolis, que reativou em novembro de 2007 as negociações de paz com os palestinos com o objetivo de criar um Estado palestino. "Nas atuais circunstâncias, devemos trabalhar não por dois Estados para dois povos, e sim por duas economias para dois povos, e Mitchell sabe que obrigar a região a um diálogo virtual pode ter resultados contrários ao esperados", declarou o ministro israelense do Interior, Elie Yishai. "O primeiro-ministro Netanyahu e o governo de união, integrado pelos trabalhistas, precisam de tempo para estabelecer uma linha política que, sobretudo, leve em consideração a segurança de Israel", afirmou o ministro dos Transportes, Israel Katz. "Estão acontecendo negociações, mas os interesses conjuntos e os laços entre Israel e Estados Unidos são estreitos", completou o ministro, antes de afirmar que o presidente americano não tem interesse em debilitar Israel, no momento em que Hamas, Hezbollah e Irã marcam a realidade na região.

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