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Militar americano que matou prisioneiros no Iraque é condenado à prisão perpétua

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postado em 16/04/2009 13:37
VILSECK - Um sargento americano foi condenado nesta quinta-feira (16/04) à prisão perpétua pelo assassinato de quatro prisioneiros no Iraque, anunciou uma corte marcial na cidade alemã de Vilseck. O sargento John E. Hatley, de 40 anos, já havia sido declarado culpado na quarta-feira da morte, em 2007, de quatro homens - algemados e com os olhos vendados - que foram presos sob suspeita de realizar uma emboscada contra soldados americanos em Bagdá. A corte marcial norte-americana da base de Vilsek (oeste do país) declarou o sargento culpado de quatro assassinatos e de "conspiração para praticar um assassinato premeditado". No entanto, foi absolvido de um quinto assassinato, o de um prisioneiro iraquiano executado em janeiro de 2007. O sargento participou da execução durante a primavera de 2007, em Bagdá, de quatro prisioneiros suspeitos de terem armado uma emboscada contra soldados norte-americanos, mas que deviam ser libertados por falta de provas, informou a corte. Segundo várias testemunhas, inclusive um dos sargentos condenados, os quatro prisioneiros, com as mãos atadas e os olhos vendados, foram executados com um tiro na cabeça e seus corpos foram jogados em um canal do sudoeste de Bagdá. Os corpos nunca foram encontrados e nem o local preciso, nem a data exata de suas execuções puderam ser determinados. O sargento Hatley, membro da brigada 172 da infantaria na Alemanha, havia se declarado inocente de todas as acusações no início de seu julgamento na segunda-feira. Outros dois sargentos, Michael Leahy e Joseph Mayo, já tinham sido condenados pela mesma corte por sua participação nesses quatro assassinatos, em dois julgamentos, em fevereiro e em março. O primeiro foi condenado à prisão perpétua; o segundo, a uma pena de 35 anos de prisão. Outros dois sargentos haviam sido condenados anteriormente, durante o outono de 2008, a penas de sete a oito meses de prisão por sua participação indireta nesses crimes, penas menores negociadas em troca de seus testemunhos contra os principais suspeitos.

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