postado em 18/04/2009 08:46
Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguia ontem rumo a Trinidad e Tobago, a Casa Branca colocava em prática mais uma promessa de campanha. Exatamente 40 dias depois de o mandatário assinar a lei que permite a liberação de financiamento federal às pesquisas com células-tronco, o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH, pela sigla em inglês) anunciou as regras para estudos patrocinados pelo governo.
Mas as normas surgem com uma pitada de conservadorismo: as pesquisas realizadas com embriões humanos doados por clínicas de fertilização terão verba reduzida. A intenção é evitar que cientistas criem embriões para desenvolver técnicas de clonagem ou para manipulação em laboratório.
Embriões
;Há amplo apoio ao uso de verbas federais nas células derivadas de embriões que seriam descartadas por essas clínicas, mas não existe uma simpatia quanto à utilização de células-tronco de outras fontes;, justificou Raynard Kington, diretor do NIH. Apesar da imposição, o dinheiro do contribuinte será investido em centenas de linhagens de células-tronco que eram deixadas à margem.
Em entrevista ao Correio, Richard Burt, cientista que reverteu os sintomas da esclerose múltipla com células-tronco do sangue do paciente, não demonstrou preocupação com as limitações das regras. ;Eu sou apaixonado pelo meu trabalho e descobri que as diretivas políticas de Washington geralmente não têm impacto sobre uma boa pesquisa;, comentou. As normas estarão abertas a consulta pública por 30 dias.