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Lugo é acusado de ter outro filho quando era bispo

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postado em 20/04/2009 12:06
ASSUNÇÃO - A paraguaia Benigna Leguizamón afirmou nesta segunda-feira (20/04) à imprensa que o presidente Fernando Lugo deve reconhecer um menino de 6 anos como seu filho. Benigna disse que o garoto foi concebido enquanto Lugo era bispo católico da diocese de San Pedro. Lugo ainda não comentou o caso. A mulher vive em Ciudad del Este, 360 km a leste de Assunção. É a segunda denúncia sobre paternidade recebida por Lugo em menos de um mês. O presidente já reconheceu publicamente um filho nascido há dois anos, de um relacionamento com uma jovem, quando ele era bispo emérito. A ministra da Mulher, Gloria Rubín, disse estar "consternada" com a novidade, mas avaliou que o caso é "tipicamente machista". "Já ordenei que nosso pessoal fosse até Ciudad del Este para prestar assistência de todo tipo para a mulher e iniciar os trâmites judiciais de filiação." A ministra da Infância e da Adolescência, Liz Torres, informou que "a mulher já está com nossa assessoria legal para buscar o reconhecimento da paternidade". "O menino tem o direito de saber quem é seu pai, levar seu sobrenome e receber ajuda dele". Liz disse que, caso o presidente não reconheça a paternidade, "deverá ser feito o exame de DNA". Lugo foi afastado do bispado em 2004, pelo então papa João Paulo II, por razões até agora não divulgadas. Em dezembro de 2006, ele renunciou à condição de sacerdote, para concorrer à presidência por uma coalizão opositora. Em abril de 2008, sagrou-se vencedor da disputa. O papa Bento XVI somente liberou Lugo de seus votos de castidade, obediência e pobreza em julho de 2008. Em entrevista a vários meios locais, Benigna disse que foi incentivada "a fazer essa denúncia através da imprensa, antes de chegar aos tribunais, ao ver que na semana passada Viviana Carrillo conseguiu que o presidente Lugo reconhecesse o filho de ambos". A mulher disse que o suposto segundo filho de Lugo nasceu em 9 de setembro de 2002, "com a ajuda de uma parteira", porque "ele me dava muito pouco dinheiro;. "Me pediu que chamasse ele Fernando Armindo, mas lhe respondi que Armindo para mim é um nome muito feio", lembrou.

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