postado em 21/04/2009 16:57
Milhares de pessoas em Israel relembraram hoje a morte de mais de seis milhões de judeus que padeceram nas mãos dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Ontem à noite na cerimônia de abertura do Dia em Memória do Holocausto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que Israel "não deixará que o holocausto seja negado, o que conduz a um novo holocausto contra o povo judeu." Hoje cedo, sirenes em todo país convidaram o povo israelense a fazer uma pausa de dois minutos em memória aos mortos no holocausto.
Durante todo o dia, estações de TV exibiram documentários históricos e filmes sobre o tema, estações de rádio tocaram músicas melancólicas e entrevistaram sobreviventes do holocausto. Escolas prestaram homenagens aos mortos, locais de entretenimento permaneceram fechados, e a bandeira de Israel ficou a meio mastro. As cerimônias deste ano prestaram homenagem às mais de 1,5 milhão de crianças que morreram no holocausto.
Estima-se que 250 mil sobreviventes do holocausto vivem hoje em Israel. Os nazistas dizimaram um terço dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. De acordo com o demógrafo da Universidade Hebraica de Israel, Sergio Dellapergola, se o holocausto não tivesse ocorrido, entre 26 milhões e 32 milhões de judeus estariam vivendo agora espalhados pelo mundo, ao contrário dos apenas 13 milhões.
O dia de homenagens aos judeus mortos pelos nazistas ganhou destaque depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acusou Israel de por "racismo" e denunciou a cumplicidade dos Estados Unidos e de alguns governos ocidentais na política israelense contra os palestinos, em discurso na conferência da ONU sobre racismo na segunda-feira, no qual foi vaiado por alguns presentes. Ahmadinejad usou grande parte de seu discurso para condenar a "política repressiva" e a "brutalidade" de Israel contra os palestinos.
Pouco após começar suas críticas, os representantes da União Europeia (UE) saíram da sala em protesto contra as palavras do líder iraniano, que também denunciou as intervenções militares no Iraque e no Afeganistão. Ahmadinejad criticou a ordem política mundial, ao afirmar que o Conselho de Segurança da ONU sempre "recebeu com o silêncio os crimes desse regime (israelense), como os recentes bombardeios contra civis em Gaza."