postado em 21/04/2009 20:16
Conhecido por sua virtude para a saúde e seu elevado nível de antioxidantes, o vinho também apresenta propriedades anticancerígenas específicas, destaca um estudo publicado nos Estados Unidos.
Beber vinho tinto, branco ou rose prolongaria a vida de pacientes com linfoma de Hodgkin, um câncer que atinge o sistema linfático, revela uma pesquisa apresentada hoje na conferência anual da American Association for Cancer Research (AACR), em Denver (Colorado).
"Esta conclusão é propensa à polêmica, já que o consumo excessivo de álcool faz mal à saúde e fica difícil estabelecer um limite preciso sobre o que é razoável ou excessivo quando se trata de bebidas", explicou Han Xuesong, da Universidade Yale (Connecticut), principal autor do trabalho. "Mas há uma relação entre o consumo de vinho e as evoluções positivas envolvendo o câncer".
O estudo, que analisou 546 mulheres com linfoma de Hodgkin, é o primeiro a relacionar o consumo moderado de vinho entre pacientes à evolução (positiva) da doença.
Os autores concluíram que após cinco anos do diagnóstico, a taxa de sobrevivência entre as pacientes que consumiram vinho foi de 76%, contra 68% para as que não consumiram a bebida.
Para as pacientes que enfrentaram uma forma mais agressiva de câncer, o linfoma primitivo de grandes células B, o impacto do consumo de vinho foi mais claro, com uma redução do risco de morte ou reincidência de entre 40% e 50%.
Os investigadores concluíram que no conjunto das pacientes que consumiram vinho durante ao menos 25 anos antes do diagnóstico, o risco de morte ou reincidência teve uma redução de 25% a 35%.
O estudo é baseado no consumo médio de seis copos de vinho por mês durante vários anos, destaca Han à AFP.
A mesma pesquisa concluiu que o consumo de cerveja e outras bebidas alcoólicas não tem qualquer efeito benéfico.