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G8 e países emergentes discutem o aquecimento climático

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SIRACUSA - Os ministros de Meio Ambiente dos países do G8, responsáveis por 40% das emissões de gases causadores do efeito estufa, e de grandes Estados emergentes como Brasil e México analisam o aquecimento global, nesta quarta-feira (22/4), na Sicília, Itália, com o objetivo de chegar a um acordo internacional sem precedentes, para conter o fenômeno. O debate, que coincide justamente com o Dia Mundial da Terra, vai durar mais dois dias no castelo medieval da cidade siciliana de Siracusa, blindada para a ocasião ante o temor de protestos do movimento antiglobalização. "Siracusa pode ser o ponto de partida de uma grande aliança entre o Norte e o Sul que esteja marcada pela tecnologia e que inclua tanto o meio ambiente como o desenvolvimento", anunciou a ministra italiana do Meio Ambiente, Stefania Prestigiacomo, ao abrir o encontro. Os líderes das maiores economias do mundo junto com os das economias emergentes, Índia, China, Brasil e México, debaterão a luta contra as mudanças climáticas, a conservação da biodiversidade e a relação entre saúde e meio ambiente. A Itália, que exerce este ano a presidência do G8, envolveu nos debates um total de 17 países considerados importantes para a saúde do planeta com o fim de definir uma série de regras sobre o clima e expandir a tecnologia que reduz as emissões de carbono. "Precisamos fechar acordos concretos e de alto nível antes da Conferência de Copenhague, prevista para final do ano", pediu o secretário executivo da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CMNUCC), Yvo de Boer. O máximo dirigente da ONU sobre as mudanças climáticas reconheceu que a nova posição da administração americana após a vitória do democrata Barack Obama é importante. "Um acordo sobre o clima sem os Estados Unidos é inútil", declarou. "A nova posição dos EUA estimula a todos. É um sinal importante", reconheceu por sua vez a ministra italiana. O fórum siciliano tem como objetivo facilitar o diálogo entre os principais países industrializados e em desenvolvimento para obter êxito nas negociações sobre a mudança climática que ocorrerão em dezembro em Copenhague. O acordo deve substituir em 2012 o Tratado de Kyoto, que não foi assinado pelos Estados Unidos. Os 17 países presentes em Siracusa são responsáveis por quase 80% das emissões de gases poluentes, segundo estimativas da chancelaria italiana. Na reunião, participam além dos ministros do G8 (Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Japão, França, Canadá, Grã-Bretanha e Itália), os de Brasil, China, Índia, México, África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Egito e Indonésia. O secretário mexicano do Meio Ambiente, Juan Rafael Elvira, discursará quinta-feira, assim como o ministro brasileiro da pasta, Carlos Minc. Entre os assuntos da pauta estão o funcionamento de tecnologias verdes e os investimentos para impedir que a temperatura do planeta aumente mais 2ºC, o que modificaria a superfície do planeta.